sexta-feira, 29 de abril de 2016

Ex-dirigente da Caixa Econômica confirma pagamento de propina a Eduardo Cunha

Apadrinhado pelo presidente da Câmara no cargo de 

vice-presidente do banco público, Fábio Cleto pode

 ser o sétimo investigado da Lava Jato a implicar 

Cunha em esquemas de corrupção.

 - Atualizado em 
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preside sessão de votação do Projeto de Resolução 134/16, que determina o recálculo da proporcionalidade partidária para a composição de comissões - 27/04/2016
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Em negociação para fechar acordo de delação premiada, 
o ex-vice presidente de Fundos de Governo e Loterias da
 Caixa Econômica Federal Fábio Cleto confirmou que
 houve pagamentos de propina ao presidente da
 Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 
Segundo reportagem do jornalFolha de S. Paulo 
publicada nesta sexta-feira, Cleto teria ratificado 
os relatos dos delatores da Carioca Engenharia, 
Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, 
de que Cunha cobrou 52 milhões de reais para 
a liberação de verbas do fundo de investimentos do
 FGTS para o projeto Porto Maravilha, do qual a
 empreiteira participou em consórcio com as 
construtoras OAS e Odebrecht.
Se confirmada a delação, Cleto será o sétimo investigado
 da Operação Lava Jato a implicar Cunha em esquemas 
de corrupção. As revelações foram dadas em uma fase
 premilinar à colaboração premiada que está sendo 
negociada com a Procuradoria-Geral da República 
(PGR). Cleto, que foi indicado ao cargo na Caixa por 
Eduardo Cunha, foi exonerado do cargo pela presidente
 Dilma Rousseff em dezembro do ano passado.
O presidente da Câmara não quis comentar as denúncias. 
Anteriormente, ela havia negado que recebeu dinheiro 
ilícito da Carioca Engenharia.
Alvo de duas denúncias no âmbito da Lava Jato, 
Eduardo Cunha é réu em um dos processos, cujo objeto é o
 pagamento de 5 milhões de dólares propina por um contrato 
da Samsung Heavy Industries com a Petrobras. 
Cunha também é investigado em outros três inquéritos
 da PGR. Um deles é o caso da Carioca Engenharia e os
 outros dois estão sob sigilo.

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