O Exército dos EUA está lançando ataques virtuais contra o grupo Estado Islâmico(EI) - informou um general americano nesta terça-feira, no momento em que o Pentágono procura maneiras de acelerar a luta contra os extremistas.
A coalizão liderada pelos Estados Unidos tem bombardeado combatentes do EI no Iraque e na Síria desde agosto de 2014.
Já há algum tempo oficiais americanos defendem a importância de usar técnicas cibernéticas, como sobrecarregar as redes do EI, para limitar as comunicações do grupo e sua capacidade de alcançar novos potenciais recrutas.
"Agora começamos a usar nossas extraordinárias capacidades virtuais nessa luta contra o Daesh (acrônimo do EI em árabe)", disse o major Peter Gersten, referindo-se apenas a um esforço "altamente coordenado", que tem sido "bastante efetivo".
En fevereiro passado, o secretário americano da Defesa, Ashton Carter, e o chefe do Estado-Maior, general Joe Dunford, declararam que os EUA estão determinados a "acelerar" a campanha contra o EI e que a guerra eletrônica desempenharia um papel crescentemente importante nisso.
No início deste mês, o subsecretário da Defesa, Robert Work, relatou: "estamos lançando ciberbombas no EI".
No domingo, o jornal "The New York Times" publicou que o Cibercomando dos EUA fez "implantes" nas redes do EI e, através deles, será possível monitorar o comportamento do grupo, imitar e alterar as mensagens de seus comandantes.
Com isso, seria possível direcionar os combatentes para áreas a serem atingidas por "drones", ou por ataques aéreos.
O Cibercomando é responsável por proteger as redes do Exército americano e algumas redes civis de ataques virtuais, além de mobilizar suas próprias estratégias de ofensiva virtual, se necessário.
Até 2018, haverá mais de 6.000 especialistas técnicos militares e civis trabalhando em 133 equipes. Um desses times, com 65 pessoas, atua hoje no Oriente Médio e realiza operações virtuais contra as redes do EI.