terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Milhares de bolas de gelo gigantes aparecem em praia na Sibéria




Fotos e vídeos incríveis de uma praia em Nyda, na Sibéria, mostram milhares de bolas de neve formadas naturalmente. Elas se espalham por um trecho de 17km de litoral que fica no Círculo Ártico.
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As bolas apareceram no final de outubro, e ninguém da região se lembra de ter visto algo semelhante antes. As bolas têm tamanho variado, entre poucos centímetros de diâmetro e quase um metro.
 Apesar de darem a impressão de terem sido feitas à mão, o que aconteceu foi um processo natural. Sergei Lisenkov, do Instituto de Pesquisa do Ártico e Antártica, explica que elas são causadas por um processo muito raro em que pequenas quantidades de gelo se formam e são empurradas pelo vento e pela água, formando as bolas de neve.
“Quando a água do golfo subiu, ela entrou em contato com o gelo. A praia ficou coberta de gelo e a maré começou a descer, deixando o gelo ali. Os pedaços rolaram pela areia molhada e viraram estas bolas”, explica ele. As condições ideais para formação dessas bolas inclui temperaturas, ventos e geografia do litoral muito específicos.
O fenômeno já foi observado em outras partes do mundo. Em 2014 o mesmo aconteceu nas margens do lago Michigan. [GizmodoThe Siberian Times].
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domingo, 3 de dezembro de 2017

GLEISI: LULA TEM A “CONFIANÇA DO POVO”


A marcha para um novo Brasil

 42º Conubes discute o Projeto Escola Sem Partido, que foi aprovado recentemente em Jataí e já foi proposto para Goiânia
Na última quinta-feira, 30, o Congresso Nacional da União Brasileira dos Es­tudantes Secundaristas (Conu­bes) sediou um debate sobre o Programa Escola Sem Partido. O evento acontece na Praça Uni­versitária e se encerra hoje. Entre os debatedores estavam a vere­adora Tatiana Lemos (PCdoB) e o professor da rede estadual de Alagoas Rafael Pires.
Proposto em 2015 pelo depu­tado federal Izalci Lucas (PSDB/ DF), o Projeto de Lei 867 postu­la uma série de princípios para a educação brasileira, entre eles a neutralidade política, ideoló­gica e religiosa do Estado, o plu­ralismo de ideias, a liberdade de aprender e a liberdade de crença. O PL 867 também procura vedar o que eles chamam de “doutrina­ção política nas escolas”.
Para Tatiana Lemos, o nome do projeto não reflete a real proposta. “Eles colocaram um nome mui­to sagaz, porque o movimento Es­cola Sem Partido deveria surgir se existisse um movimento escola com partido, mas ele não existe. Infelizmente tem uma parcela da sociedade que não entende, e esse nome vende muito fácil porque todo mundo quer uma escola sem partido”, afirma.
Ainda segundo a vereadora, na prática, o projeto irá limitar e impedir que o professor lecio­ne determinados assuntos. “Esse projeto de lei vê o professor como mero orientador, cabendo so­mente à família e à religião edu­car os jovens, sendo que a edu­cação é um processo constante”, completou. Na prática, o profes­sor estaria proibido de opinar so­bre temas como política, religião, gênero e sexualidade, sendo obri­gado a lecionar de acordo com as convicções dos pais.
No início desta semana, a Câmara dos Vereadores de Jataí aprovou o PL Escola Sem Par­tido, que foi sancionado pelo prefeito Vinícius Luz (PSDB). O caso gerou polêmica e, no dia seguinte, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou inqué­rito para apurar violação de di­reitos e inconstitucionalidades no processo. De acordo com o MPF, somente a União pode editar leis que abordem diretri­zes e bases da educação.
Em Goiânia, o Programa foi apresentado em agosto na Câma­ra pelo vereador Oséias Varão (PSB). Segundo ele, a apresentação do PL fazia parte de uma iniciativa na­cional do Movimento Brasil Livre (MBL), que havia declarado a “Mar­cha pela Escola Sem Partido”. O pro­jeto, que tem como relatora a verea­dora Tatiana Lemos, foi para votação na Comissão de Constituição e Justi­ça e foi arquivado.

Esse projeto de lei vê o professor como mero orientador, cabendo somente à família e à religião educar os jovens. A educação é um processo constante”
Vereadora Tatiana Lemos (PCdoB)


 O Programa Escola Sem Partido

Lucas Xavier
Professor da rede estadual de Alagoas, Rafael Pires esteve pre­sente no 42º Conubes. No ano pas­sado, um projeto de lei inspirado no Escola Sem Partido, chamado “Escola Livre”, foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas (Aleg). No início deste ano, o ministro do Supremo Tri­bunal Federal, Roberto Barroso, considerou a lei inconstitucional e decretou sua suspensão.
Há dois meses, segundo Pires, um professor da rede estadual de Alagoas foi intimado a dar expli­cações na Aleg, após ter promovi­do um seminário sobre questões de gênero. “Essa é uma pauta que persegue os educadores, mesmo tento essa derrota [suspensão pelo STF]”, pontua. A intimação foi um pedido do deputado Bru­no Toledo (Pros/AL) referente à Escola Estadual Lucilo José Ri­beiro, em São José da Tapera, no Sertão de Alagoas.
Em entrevista ao Diário da Ma­nhã, Rafael Pires comentou o Pro­grama Escola Sem Partido, seus pro­blemas e as possíveis resoluções.

Entrevista com o professor Rafael Pires

Diário da Manhã: Quais são os principais problemas que você enxerga nesse Projeto de Lei?
 
Rafael Pires: O Projeto Escola Sem Partido tem dois problemas essenciais. O primeiro diz respei­to à formação cidadã do jovem, que fica comprometida com a ne­gação da discussão de pautas e diversos elementos importantes, como o combate ao machismo, ao racismo, a homofobia dentro do ambiente escolar e os seus reflexos na sociedade. Em segundo lugar, o discurso de contrariedade à cren­ça e definições religiosas de uma família ameaça conteúdos impor­tantes, como o evolucionismo, por exemplo. Isso pode atingir um ca­ráter de impedimento do professor de lecionar estudos de desenvolvi­mento que a própria humanidade teve ao longo dos séculos.
Por outro lado, o discurso de combate à ideologia de gênero abre espaço para uma situação de obscurantismo dentro do acesso ao conhecimento. Já tivemos ca­sos na escola em que dou aula de um professor ser acusado de fazer pacto com o diabo enquanto dava aula sobre evolucionismo. Quem retrucou ele foi um estudante, que disse que o pastor ensinou que tudo foi criado por Deus. O Escola Sem Partido nos levaria para um desenvolvimento do conhecimen­to tutelado pela igreja ou por cren­ças morais da família, que con­sidera aquilo pertinente ou não para ser tratado.
DM: Se o Escola Sem Partido não é o caminho, qual a possível saída para os problemas da edu­cação brasileira?
Rafael: Nós precisamos de um espaço de debate sobre o desen­volvimento curricular. A grade curricular das disciplinas, hoje, não consegue dialogar entre si. Falta inserção da equipe da es­cola nas comunidades, de forma que esse debate transversal sobre os aspectos que a escola brasilei­ra está inserida, seja plural. A es­cola não pode se negar a refletir, por exemplo, a realidade de uma comunidade de risco domina­da por uma facção criminosa ou mesmo pelo tráfico. Um caso de machismo que seja motivado em uma comunidade, os feminicí­dios, isso não pode ser ignorado. A presença de uma fábrica na re­gião daquela cidade, por exem­plo, que coloca para aquela es­cola outra perspectiva, inclusive no ponto de vista profissional de onde aqueles jovens vão se inserir.
A escola não é um elemento desconectado da nossa socieda­de. Não podemos considerar que uma escola localizada na zona nobre do Rio de Janeiro ou de São Paulo vai ter o mesmo currícu­lo e o mesmo processo de apren­dizagem que uma escola no inte­rior de Goiás, ou em uma cidade como Fortaleza, ou mesmo em Maceió. É preciso que a escola seja construída levando em conta to­dos esses elementos para que nes­sa interdisciplinaridade a gente possa apresentar os conteúdos.


Sete mil marcham contra programa

Raphael Bezerra
Cerca de sete mil jovens, estudantes universitários e secundaristas, participa­ram, na manhã de ontem, de um protesto emdefesadaeducaçãoecontráriosaomo­vimento “Escola sem Partido”.
Os estudantes vieram de diversas capitais do País para o 42º Congres­so da União Brasileira dos Estudantes (Ubes) e estão reunidos na Praça Uni­versitária para debates e as eleições presidenciais da Ubes.
A passeata em defesa dos direitos e liberdade dos professores e estudan­tes nas salas de aulas. A Ubes e os es­tudantes chamaram projetos como o “Movimento Escola sem Partido” de “lei da mordaça”, segundo eles, o proje­to visa censurar as diversidades políti­cas e opiniões dentro das salas de aula.
Douglas Marques, 18, veio de Cha­pecó, Santa Catarina, e explica que o congresso tem por objetivo discutir a educação de forma democrática com a sociedade sem deixar os alunos e pro­fessores de fora. “O movimento esco­la sem partido censura os professores, dizendo o que eles têm que fazer em sala de aula. O professor passa a não ter mais autonomia. O projeto ainda tra­ta os estudantes como sem potencial e sem conhecimento, como se os alu­nos não fossem capazes de debater”, comenta o jovem que é presidente do grêmio estudantil da Escola Marechal Bormann.
Além do debate contra o Escola sem Partido, o movimento também luta pelo debate das pautas do mo­vimento negro e LGBTT. Luana de Souza, 22, estuda Fonoaudiologia na PUC de Minas Gerais, ela é uma das lideranças do movimento negro den­tro da sua universidade. “A importân­cia da pauta racial vem do fato de que os negros são os que mais morrem. No Brasil não é tão discutido porque o racismo está estruturado na nossa cultura”, diz ela.


A luta continua

 Passeata, protestos, ato político e plenária final marcam penúltimo dia do evento. O palco dessa vez foi o Goiânia Arena, onde estudantes de todo o País se reuniram para debater sobre o decadente estado da política no Brasil

Pedro L. Macêdo

Desde a última quar­ta-feira, dia 29 de no­vembro, Goiânia é palco de um dos maiores mo­vimentos estudantis do Bra­sil, o Congresso Nacional da União Brasileira dos Estudan­tes Secundaristas (Conubes). Em sua 42ª edição, milhares de estudantes de todos os qua­tro cantos do País se reuniram para debater a atual situação política nacional, bem como reivindicar os direitos funda­mentais de uma educação bá­sica de qualidade.
“O evento é de suma impor­tância para os estudantes de todo o Brasil, porque estimu­la a politização das instituições que é tão necessária dada a atu­al situação em que o país se en­contra. A Ubes deve estimular cada vez mais a presença dos estudantes em eventos como esse para reforçar nosso discur­so e dar cada vez mais legitimi­dade para nossas requisições”, aponta o estudante secundaris­ta Caio Flávio, de 18 anos, vindo de Betim, da Região Metropoli­tana de Belo Horizonte.
A plenária final de ontem con­tou com a presença das ex-presi­dentes da Ubes Carla Santos, Ma­nuela Braga e Bárbara Melo. O nome de destaque que também garantiu presença no evento foi a deputada estadual pelo Rio Gran­de do Sul Manuela D’ávila, que é o principal nome do PCdoB na atu­alidade, além de ser a represen­tante do partido que irá concor­rer à presidência da República em 2018.
Antes de adentrarem, os es­tudantes se reuniram na por­ta do ginásio para estimular os participantes e reforçar o dis­curso de protesto contra o atu­al governo do presidente Mi­chel Temer (PMDB). “Nosso país não pertence aos gover­nantes, não pertence ao Con­gresso Nacional, ao Judiciário ou ao Poder Executivo, mas sim ao povo brasileiro. E nós, como estudantes, devemos garantir que aqueles que deveriam es­tar nos representando e garan­tindo nossos direitos básicos, principalmente a uma educa­ção de qualidade, realmente cumpram o seu dever como po­líticos. A sujeira de Brasília não deve nos desmotivar, pelo con­trário, ela deve servir de estí­mulo para que nós proteste­mos e para que a nossa luta, que cresce dia após dia, seja justifi­cada e legítima”, disse um dos líderes do movimento. Dian­te de vários outros estudantes, que balançavam bandeiras e anseiam pela melhoria da go­vernança nacional, sua fala foi muito bem recebida e ovacio­nada quando finalizada.
Os estudantes Mariana e Har­lei vieram de Cariacica, cidade da Região Metropolitana de Vitó­ria, no Espírito Santo, represen­tando a União dos Estudantes de Cariacica (UEC). De acordo com eles, depois de 25 horas de viagem, eles se uniram aos estu­dantes em protesto para mostrar que várias instituições de ensi­no sofrem com a negligência da administração estatal como um todo. “A verdade é que os políti­cos governam apenas para eles mesmos, e só procuram melho­rias para a burguesia, enquanto os estudantes e os trabalhadores brasileiros sofrem com a falta dos direitos básicos que são garanti­dos pela Constituição Federal”, afirma Mariana.
“O governo fez uma reforma no ensino médio sem consul­tar os estudantes, professores e as entidades que nos repre­sentam, sem qualquer diálogo. E acredito que ninguém pode compreender melhor a situa­ção vivida pela educação do que nós, que vive tal realidade. A educação no Brasil sempre foi tratada com indiferença, e tan­to os governos estaduais quan­to o federal quer impor sua pró­pria vontade sem nem mesmo conhecer as dificuldades en­frentadas por nós. Então so­mente com o diálogo é que uma educação de qualidade pode existir no país”, observa Harlei.
Rust, de 17 anos, veio de Santa Catarina e é militante da União da Juventude Comunista (UJC), e afir­ma que a concentração na capi­tal goiana é muito importante por ser um importante polo estudan­til. “O Congresso Nacional é o mais conservador dos últimos 50 anos, e vem dia após dia aprovando pro­postas neoliberais que apenas bus­cam retirar cada vez mais os direi­tos dos brasileiros, principalmente dos estudantes. E nós não pode­mos permitir que isso continue, so­mente a luta pode impedir e mudar a atual situação”, elucida.
“As eleições também não são democráticas, elas são apenas uma forma de iludir a popula­ção que só tem seus direitos re­tirados pela administração do País. Nós não podemos ter na política e na figura daqueles que a representa um horizonte de esperança que vai trazer tudo aquilo que temos direito. So­mente com a luta e com a revo­lução, que deve começar com a juventude estudantil, é que po­demos mudar o panorama do Brasil”, completa o estudante.


Secundaristas indígenas
Lucas Xavier
O evento conseguiu trazer es­tudantes secundaristas de vários Estados do Brasil, o que provocou uma diversidade de realidades na Praça Universitária. Bruna Kri da Silva é estudante indígena e veio de Chapecó, no interior de Santa Ca­tarina, a cerca de 1.500km de Goi­ânia. Ela faz parte do povo Kain­gang e, no ano passado, ocupou a escola em que estuda, contra a PEC 241 (PEC dos gastos). Após a ocupação, ela começou a se envol­ver com a militância secundarista.
De acordo com Bruna, ape­sar do movimento de ocupações, que era nacional, não ter alcan­çado o objetivo principal, algu­mas reivindicações regionais foram atendidas. “Nós consegui­mos que o transporte levasse a gente porque não tínhamos con­dições de ir para a escola, que fica a 18km da aldeia”, explica a estu­dante, que precisou estudar fora da aldeia a partir do primeiro ano do ensino fundamental.
A discriminação contra estu­dantes indígenas em escolas tra­dicionais é frequente. Bruna conta que desde o jeito de olhar até ofen­sas verbais diretas são comuns na escolaemqueestuda. Eladizquejá foi chamada de bugre, que é uma denominação que europeus da­vam para indígenas que não ha­viam se convertido ao catolicismo. Na região de Chapecó, é comum que o povo Kaingang seja pejorati­vamente chamado por bugre.
A estudante também rela­ta que o povo indígena tem uma percepção diferente da histó­ria do Brasil, e que isso interfere também no processo de apren­dizagem. “A história do Brasil para nós é como vivíamos an­tigamente, tinha muito mato, muitos rios e muita vida, depois vieram os homens brancos e co­meçaram a destruir tudo”, expli­ca. Os alunos indígenas do Co­légio Municipal São Francisco, de Chapecó, que é a escola onde Bruna estuda, possuem um acompanhamento especial de uma professora indígena.
Para Bruna, o maior pro­blema de ser indígena em um espaço de brancos é a falta de compreensão. “Na educação de nós indígenas, falta começar a entender melhor o que a gente faz e quais são as nossas cren­ças. Nós temos nossas crenças e somos discriminados por isso”.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Servidores agendam caminhada até a cadeia de Benfica em protesto por salários atrasados




O Movimento Unificado dos Servidores Público agendou para o próximo sábado, às 10h, uma caminhada rumo a cadeia pública José Frederico Marquês, em Benfica, Zona Norte do Rio. A concrentação será no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), de onde os servidores iniciarão o ato.

O protesto visa reforçar a falta de pagamento que os servidores enfrentam desde o fim de 2015. Até o momento, o Estado deve o 13º salário de 2016 a mais de 220 mil funcionários públicos, além de gratificações pendentes.

— A paciência dos servidores se esgotou com a falsa promessa do dia 27 (de quitar todos os atrasados). Todas as categorias vão em busca do dinheiro desviado pela quadrilha que se instalou no governo e na Alerj. enquanto Servidores ativos, aposentados e pensionistas, são torturados, sem o pagamento de salário e 13º para suas necessidades básicas, os políticos presos comem do bom e do melhor. Os servidores não podem continuar pagando essa conta — questionou Mesac Eflaín, um dos líderes do Muspe e presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Estado do Rio.

Sobre os salários mensais, a dívida recai sobre os meses de setembro e outubro. No caso de setembro, são quase 68 mil servidores. Já sobre o outubro, a pendência afeta a mais de 220 mil funcionários.

— Os servidores estaduais não suportam tanta enrolação do atual governo para pagar o que é sua obrigação. Portanto, desta vez, o protesto do MUSPE estará voltado para quem arruinou o Estado através da má gestão e da corrupção — lembrou Márcio Garcia, também integrante do Muspe e presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio.

TSE lança título de eleitor digital

O Tribunal Superior Eleitoral lançou nesta sexta-feira, 1, o e-título. Trata-se de uma espécie de título eleitor digital, que poderá ser instalado como aplicativo em smartphones. 

O e-título poderá ser apresentado em substituição ao título eleitoral físico na hora de votar, apenas nos casos de eleitores que possuem identificação biométrica - índice que chega a 47,55% no País.

O aplicativo já está disponível para os sistemas operacionais Android e deverá ser disponibilizado para iOS. De acordo com o site do TSE, do total de 146.717.909 eleitores do País, 69.760.072, ou 47,55, já têm identificação biométrica. Os Estados com taxas acima de 90% são Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Piauí, Roraima, Sergipe, Tocantins.

Os menores índices de eleitores cadastrados biometricamente estão nos Estados de Rio de Janeiro (12%), Minas gerais (18%), Mato Grosso do Sul (24%), Mato Grosso(35%) e Espírito Santo (36%). Apenas 2,19% dos eleitores com domicílio no exterior já têm identificação biométrica.

"Aqueles que tiverem feito a biometria terão o título com a foto. Portanto, vão poder votar já com este documento virtual na zona eleitoral de maneira tranquila. É uma revolução", afirmou o presidente do TSE, Gilmar Mendes, ao fazer o lançamento nesta sexta. O ministro afirma que haverá redução de custos em relação à impressão de títulos eleitorais.

Segundo Gilmar Mendes, o TSE espera ter em 2022 todo eleitorado com biometria e pretende ter um documento único para o eleitor. Questionado sobre qual foi o gasto para implementar o projeto, Mendes afirmou que não houve custos porque tudo foi feito com equipe interna do TSE e do Tribunal Regional Eleitoral do Acre, de onde partiu a ideia. Disse que não houve licitação, nem gasto com consultoria. "Trabalho interno", disse e repetiu o ministro.

Na ocasião, Gilmar Mendes também defendeu as mudanças feitas no Congresso nas regras da eleição de 2018 como o início da transição para o fim da cláusula de barreira, e destacou a proibição de coligação para eleição proporcional - neste caso, só valerá a partir de 2020. "Essas duas reformas já foram importantes.

E a questão do fundo eleitoral foi importante, inclusive para atenuar um problema sério que continua existindo que é o Caixa 2", disse.

Rosana Magalhães, secretária de tecnologia da informação do TRE do Acre, idealizadora do e-título, explicou que uma das funcionalidades é a obtenção da via digital do título digital. Ela explicou que, além do próprio título eleitoral, o eleitor recebe informações sobre a sua quitação eleitoral.

"Esse documento terá validade para votação porque contém tanto a fotografia como todos os dados mais recentes. Esse e-título precisa ser combinada com a verificação biométrica", disse, explicando porque quem tem cadastro biométrico poderá apresentar apenas o e-título para votar.

Segundo ela, haverá atualizações e melhorias no aplicativo conforme o uso.

Sobre custos, ela falou que foi "relativamente zero". Ela destacou que "é uma solução de propriedade da justiça eleitoral, nativa, desenvolvida por funcionários do TRE do acre e do TSE".

"É um desenvolvimento como qualquer aplicação e é bem comum na área de tecnologia. É nato da área de tecnologia desenvolver desta maneira. Não tem custos... É custo intelectual. Eu sou servidora e devo desenvolver. Foi desenvolvido em plataforma e infraestrutura tecnológica já existente na justiça eleitoral, porque já se desenvolvem várias aplicativos. Não houve investimento de compra de ferramentas para fazer o e-título. Não houve consultoria e a ideia é caseira", disse.

https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2017/12/01/interna_politica,921304/tse-lanca-titulo-de-eleitor-digital.shtml

Brasil fica no Grupo E da Copa do Mundo e estreia contra a Suíça em Rostov

Por Alexandre Lozetti, Moscou, Rússia
 
Brasil, Suíça, Costa Rica e Sérvia no Grupo E da Copa do Mundo
A Fifa realizou nesta sexta-feira o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2018. A Rússia, que estava no pote 1 por ser a anfitriã do torneio, ficou no Grupo A ao lado de Arábia Saudita, Egito e Uruguai. O jogo de abertura entre russos e sauditas, no dia 14, será em Moscou. A seleção brasileira caiu no Grupo E e faz sua estreia no dia 17 de junho em Rostov contra a Suíça. Depois pega a Costa Rica no dia 22 de junho, em São Petersburgo, e fecha a primeira fase contra a Sérvia em Moscou, dia 27 de junho.

https://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/fifa-realiza-o-sorteio-e-define-os-grupos-da-copa-do-mundo-da-russia.ghtml