sábado, 29 de março de 2014

Para 65% dos brasileiros, mulher de roupa curta merece ser atacada, revela Ipea

Trabalho se baseou na entrevista de 3.810 pessoas, residentes em 212 municípios.

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Para 65 dos brasileiros mulher de roupa curta merece ser atacada revela Ipea
A maioria dos brasileiros concorda com a ideia de que marido que bate na esposa deve ir para a cadeia, revela pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 27, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Batizado de Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), o trabalho se baseou na entrevista de 3.810 pessoas, residentes em 212 municípios no período entre maio e junho do ano passado.
A pesquisa mostra que 91% dos entrevistados concordam total ou parcialmente com a prisão dos maridos que batem em suas esposas. O estudo alerta, no entanto, que é prematuro concluir, com bases nesses dados, que a sociedade brasileira tem pouca tolerância à violência contra a mulher. “Há uma ambiguidade do discurso”, afirmam os autores.
Dos entrevistados, 63% disseram concordar com a ideia de que “casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre membros da família”. Causou espanto entre os próprios pesquisadores o fato de que 65% disseram concordar com a frase “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”, algo que deixa claro para autores do trabalho a forte tendência de culpar a mulher nos casos de violência sexual.
Para 65 dos brasileiros mulher de roupa curta merece ser atacada revela Ipea
Para autores, um número significativo de entrevistados parece considerar a violência contra a mulher como uma forma de correção. A vítima teria responsabilidade, seja por usar roupas provocantes, seja por não se comportarem “adequadamente.”
A avaliação tem como ponto de partida o grande número de pessoas que diz concordar com a frase: se mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros. O trabalho indica que 58,5% concorda com esse pensamento. A resposta a essa pergunta apresenta variações significativas de acordo com algumas características.
Residentes das regiões Sul e Sudeste e os jovens têm menores chances de concordar com a culpabilização do comportamento feminino pela violência sexual. A pesquisa não identifica características populacionais que determinem uma postura mais tolerante à violência, de forma geral.
Os primeiros resultados, no entanto, indicam que morar em metrópoles, nas regiões mais ricas do País, ter escolaridade mais alta e ser mais jovem aumentam a probabilidade de valores mais igualitários e de intolerância à violência contra mulheres.
Autores avaliam, porém, que tais características têm peso menos importante do que a adesão a certos valores como acreditar que o homem deve ser cabeça do lar, por exemplo. A pesquisa do Ipea também revela que a maior parte dos brasileiros se incomoda em ver dois homens ou mulheres se beijando. Dos entrevistados, 59% relataram desconforto diante da cena..
A relação afetiva entre pessoas do mesmo sexo também não tem uma aceitação expressiva. Das pessoas ouvidas, 41% disseram concordar com a frase “um casal de dois homens vive um amor tão bonito quando entre um homem e uma mulher” e 52% concordam com a proibição de casamento gay.
O levantamento identificou, no entanto, um avanço na aceitação do princípio da igualdade dos direitos de casais homossexuais e heterossexuais. Metade dos entrevistados concorda com a afirmação de que casais de pessoa do mesmo sexo devem ter mesmos direitos de outros casais.
Para 65 dos brasileiros mulher de roupa curta merece ser atacada revela Ipea

Entenda o que é o Marco Civil da Internet e quais mudanças trará para os usuários

O projeto de Lei 2126/11 foi aprovado no último dia 25/03/2014 na Câmara dos Deputados e depende apenas de aprovação no Senado e sanção presidencial.

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Entenda o que o Marco Civil da Internet e quais mudanas trar para os usurios
Caro leitor (a), você sabe do que se trata o projeto de Lei 2126/11? Caso nunca tenha ouvido falar, talvez você o conheça como Marco Civil da Internet. Lembrou? Você sabe o que isso acarretará e mudará nas normas de utilização da internet pelos usuários? O artigo de hoje visa esclarecer estes pontos, já que o Marco Civil da internet “teve seu primeiro passo dado”, para que suas normas possam surtir efeito, já que a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (25/03/2014), por votação simbólica o referido projeto de lei.
Primeiramente, temos que relembrar a história e analisar a proposta da PL (projeto de lei) verificando quais garantias esta veio resguardar.
A iniciativa surgida no final do ano de 2009, é uma espécie de constituição para quem utiliza a internet, ditando normas, sanções e inicialmente, colocando o governo como uma espécie de administrador da rede. O projeto ganhou bastante força após a descoberta das práticas de espionagem utilizadas pelo governo Norte Americano contra o Brasil e outros países.
A proposta está sendo alvo de divergências políticas e de opinião, o grande receio é que com a aprovação desta lei, seja criada a censura a liberdade que existe e sempre existiu na utilização da rede, dando controle em excesso ao governo e possibilitando atos discricionários de privação de liberdade por parte deste.
Nestes 5 anos que a lei vem sendo discutida, o texto sofreu diversas alterações, sendo aprovada na câmara de forma menos controladora por parte do Governo, e mantendo a liberdade do usuário.
Segundo o Deputado Federal Alessandro Molon (PT-RJ), relator do projeto, os principais princípios deste são: privacidade, vigilância na web, internet livre, dados pessoais, fim da propaganda dirigida, liberdade de expressão, conteúdo ilegal e armazenamento de dados.

Mas o que muda em relação ao projeto original?

I) Armazenamento de dados
A principal medida adotada pelo Governo Brasileiro no Marco Civil, era a de prevenir a espionagem internacional, razão pela qual o projeto determinava que empresas de internet deveriam criar data centers no Brasil para que pudessem operar, esta norma obrigava estas empresas a manter os dados dos brasileiros em servidores nacionais, dificultando uma possível espionagem, tal medida afetava diretamente empresas como Google e Facebook, além de criar a polêmica sobre o controle destes dados pelo Governo Brasileiro, gerando grande discussão política e dividindo milhares de opiniões.
O projeto passou por alterações e na recente aprovação pela Câmara dos Deputados, deixou de existir esta exigência, permitindo que as empresas de internet continuem a armazenar os dados de Brasileiros em servidores estrangeiros.
II) Neutralidade
O objetivo de criar a neutralidade na rede visa impedir que provedores de internet possam ofertar serviços de conexões diferenciados, como a venda de um pacote que permite apenas o acesso a e-mails ou a rede sociais. Ou seja, limitando o uso geral de sua conexão. A neutralidade prevê que as empresas que fornecem o serviço de internet, sejam neutras em relação ao tráfego de dados, não podendo criar qualquer impedimento para que este usuário acesse qualquer conteúdo ou utilize qualquer serviço.
Neste ponto, a lei acertou em cheio, garantindo a liberdade de expressão e a utilização do serviço contrato da maneira que o usuário preferir, impedindo a prática comum de determinadas empresas que oferecem pacotes de assinatura de internet fazendo limitação no acesso para que o usuário usufrua somente do serviço A ou B..
III) Fim da propaganda dirigida
O texto do projeto de lei, proíbe a utilização da propaganda específica. Atualmente as empresas captam informações dos usuários quando ele faz pesquisas, marca que está frequentando determinado lugar, curte ou compartilha alguma informação, basicamente tudo que você faz na internet. Reparem que quando realizamos a busca por determinado produto, milhares de campanhas similares começam a aparecer? Isso se deve a estratégia de marketing adotada por estas empresas que comercializam os dados dos usuários por preços exorbitantes, tudo isto para oferecer a “campanha certa para o cliente certo”.
Esta decisão novamente atinge de forma direta tanto a Google como o Facebook, que possuem bases de dados com este tipo de informações dos usuários. A partir de agora estas empresas poderão apenas guardar os dados pelo período de seis meses, desde que este armazenamento esteja especificado no contrato aceito pelo usuário no momento da contratação do serviço.
Reitera-se aqui que o serviço não precisa ser pago, como no caso do Facebook que é gratuito.
IV) Da Requisição de Registros
De acordo com o artigo 17 e incisos, o projeto prevê que os dados referentes aos registros de conexões e acesso de informações, somente poderão ser requisitados e exibidos mediante ordem judicial fundamentada.
Estas informações poderão ser requeridas para a formação de provas em ações civis ou penais, desde que se prove os indícios da ocorrência do ilícito, justificativa motivada da utilidade dos registros e o período do qual se referem.

Resumindo: Quais os direitos do consumidor com a aprovação da Lei?

  • Inviolabilidade e sigilo de suas comunicações. Só ordens judiciais para fins de investigação criminal podem mudar isso;
  • Não suspensão de sua conexão, exceto em casos de não pagamento;
  • Manutenção da qualidade contratada da sua conexão;
  • Informações claras nos contratos de prestação de serviços de operadoras de internet, o que inclui detalhes sobre proteção de dados pessoais;
  • Não fornecimento a terceiros sobre registros de conexão à internet.
  • O Marco Civil estabelece que a guarda de registros seja feita de forma anônima. Ou seja, os provedores poderão guardar o IP, nunca informações sobre o usuário.

Quem responde pelo conteúdo veiculado na rede?

  • Os usuários respondem pelo conteúdo que publicam.
  • Os provedores de acesso (responsáveis por oferecer o serviço de conexão à internet aos usuários) não podem ser responsabilizados por danos decorrentes de conteúdo gerado por usuários.
  • Já os provedores de conteúdo – no caso, quem administra os sites da internet – só serão responsabilizados caso não acatem no prazo correto decisões jurídicas específicas de retirar do ar conteúdos gerados pelos usuários.

Apoio do criador

Recentemente foi divulgado em nota, o apoio de Tim Berners Lee conhecido como o “pai da internet”, ao projeto de lei brasileiro, onde ele afirma que o país deu um grande passo ao elaborar estas novas regras, tendo inclusive assumido o papel de liderança mundial nesta questão. Ele cita ainda países como a Austrália e Holanda que possuem leis similares ao Marco Civil Brasileiro e que possuem uma relação avançada entre usuário e internet.

O que falta para o projeto ser sancionado?

O projeto agora segue para o Senado e, em seguida, para a sanção presidencial, havendo aprovação no senado e aprovação presidencial, a Lei entrará em vigor sessenta dias após a data de sua publicação.

E o que você acha?

E você caro leitor? Qual sua opinião acerca do Projeto de Lei 2126/11? Seria está uma maneira do Governo controlar as informações do usuário ou apenas uma norma que visa tão somente garantir os direitos dos usuários?

Por que fazemos guerras: As 10 teorias mais importantes sobre as causas da guerra

Ainda que, observando a situação com um pouco de perspectiva, guerras pareçam fazer pouco ou nenhum sentido, elas também são parte da condição humana. Temos registros de guerras antes mesmo do surgimento da escrita, e há até mesmo evidências de que alguns animais, como os chimpanzés e formigas, também guerreiam. Mas por que fazemos isso? Aqui estão dez das mais importantes teorias.

1. A hipótese do guerreiro masculino

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Formulada por um grupo de psicólogos evolucionistas, esta hipótese sugere que os homens evoluíram em seres violentos e bélicos a fim de garantir o acesso a mulheres e outros recursos. Essencialmente, formar coalizões violentas com outros homens era uma estratégia de acasalamento. O que fosse mais bem-sucedido na “coligação de guerra” seria o que se daria melhor no quesito “passar seus genes para frente”.
Muitas vezes, essa ideia é reduzida à noção de que os impulsos sexuais dos homens no porque da guerra, o que é apenas metade da história. Na verdade, a ideia é que os homens evoluíram formando bandos de guerra uns com os outros para obter acesso aos recursos. Ter esses recursos teria os tornado mais capazes de apoiar as famílias e comunidades, e, assim, passar adiante uma predisposição genética para a formação de exércitos.
Outra versão dessa ideia é a “hipótese do macho demoníaco”, que sugere que o desejo de ir para a guerra remete ao último ancestral comum entre humanos e macacos. Como o comportamento de chimpanzés mostra indícios de grupos de machos atacando outro, biólogos evolucionários têm sugerido que os humanos herdaram o desejo de fazer a guerra de ancestrais evolutivos distantes que compartilhamos com outros hominídeos.

2. A guerra como predação

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A ensaísta Barbara Ehrenreich passou muitos anos pesquisando as origens da guerra e determinou que a hipótese do guerreiro masculino não se encaixava exatamente nos fatos. Em vez disso, ela sugere que a guerra se desenvolveu a partir do antigo medo humano de animais predadores. À medida que os seres humanos foram evoluindo, uma das nossas experiências de formação como uma espécie seria se esconder dos predadores mais hábeis do que o Homo sapiens. Porém, uma vez que conseguimos as ferramentas necessárias para sermos os predadores, comemoramos esta conquista em “ritos de sangue” de sacrifício.
Estes ritos começaram como rituais de caça, porém com o tempo evoluíram para rituais de guerra com os humanos vizinhos. Esta teoria explica por que a guerra não costuma parecer algo “natural” para a maioria dos homens e requer um tipo de transformação ritual, como um ritual religioso para o guerreiro ou a formação básica executada pelo exército. A guerra é um comportamento aprendido e seus rituais são uma defesa contra o medo de predação.
  • 3. O falcão persuasivo
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Em todo debate sobre conflitos, há falcões e pombas. Os falcões são aqueles que preferem ações contundentes para resolver tensões. As pombas, por sua vez, defendem a negociação. Falcões geralmente vencem por causa desta propensão inerente que todos nós temos. O vencedor do Prêmio Nobel de Economia Daniel Kahneman e o pesquisador do governo norte-americano Jonathan Renshon cristalizaram essa ideia em um artigo famoso no qual explicavam que, estranhamente, a teoria do falcão persuasivo é resultado do viés otimista da humanidade.
“A pesquisa psicológica mostrou que uma grande maioria das pessoas acredita que sejam mais inteligentes, mais atraentes e mais talentosos do que a média e elas geralmente superestimam seu sucesso futuro”, explicam. “As pessoas também são propensas a uma “ilusão de controle”: elas sempre exageram quando falam sobre a quantidade de controle que têm sobre os resultados que são importantes para eles, mesmo quando os resultados sejam, de fato, aleatórios ou determinados por outras forças”.
Em outras palavras, vamos para a guerra porque acreditamos erroneamente que sempre vamos ganhar, porque somos os melhores. Uma ideia relacionada é a “Teoria Rubicon”, que sugere que quando as pessoas acreditam que estão sob ameaça, atravessam um limiar psicológico onde as novas predisposições assumem o controle. Em vez de proceder racionalmente, tornam-se confiantes demais e se envolvem em comportamentos de maior risco – como começar uma guerra ao invés de buscar alternativas pacíficas.

4. Superpopulação malthusiana

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Com base em teorias populacionais de Thomas Malthus, esta ideia sugere simplesmente que a causa da guerra é o resultado inevitável de uma população em expansão com recursos escassos. O economista da Universidade de Stanford (EUA) Ran Ambramitzky explica essa ideia de forma simples em um artigo.
A população humana aumenta a uma taxa geométrica, mais rapidamente do que a oferta de alimentos. “Limitações preventivas” voluntárias tentam manter o crescimento da população em níveis mais baixos, como quando as pessoas tomam decisões racionais sobre o número de crianças que vão ter com base em sua estrutura familiar e renda. Quando estas verificações falham, “limitações categóricas”, incluindo a guerra, a fome e doenças, reduzem a população e a equilibram de acordo com os recursos. Malthus acreditava que, enquanto a humanidade não contasse com limitações preventivas decentes, a limitação categórica da guerra garantiria que a população não superasse a oferta de alimentos.
Esta ideia se sobrepõe um pouco com a teoria do “desequilíbrio ecológico” da guerra, em que “pontos de inflamação de conflitos” são o resultado do estresse ecológico dos seres humanos ao explorar muitos recursos da terra. Quando os recursos se esgotam, os conflitos surgem.

5. Bolha de juventude

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Uma teoria popular atualmente, essa ideia sugere que a violência e as guerras são o resultado de uma grande população de homens com a falta de oportunidades de emprego pacíficos. O excesso de jovens é atraído para lutar e ser morto, reduzindo a população.
  • 6. Pensamento de grupo
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A teoria do pensamento de grupo explica que durante uma crise, os grupos – não importa o quão inteligentes ou bem informados – irão suprimir opiniões dissidentes por causa da pressão para chegar a um acordo sobre um plano de ação, levando-os a tomar decisões terríveis. Esta é, em certo sentido, uma versão mais politicamente orientada da teoria do guerreiro masculino combinada com a do falcão persuasivo.
A ideia é que, quando ameaçadas, as pessoas naturalmente formar bandos de “nós” contra “eles”, e, em seguida, tomam decisões de risco a fim de manter o seu sentido de identidade de grupo elevado. Os cientistas políticos têm recentemente aplicado tal teoria para a Guerra do Iraque.

7. Modelo de negociação

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Talvez, dizem alguns sociólogos, a guerra não seja um desejo profundo ou uma reação emocional que vem de nossa evolução. Talvez seja apenas uma forma de manobra política que desenvolvemos junto com a civilização. Visto por este prisma, a guerra é apenas uma versão extrema de negociação, na qual dois grupos tentam resolver disputas sobre tudo, desde a alocação de recursos até a justiça social.
“Criticamente, o modelo de negociação não vê a guerra como a quebra de diplomacia, mas sim como uma continuação da negociação, já que as negociações ocorrem durante a guerra e ela termina quando um acordo é alcançado”, explica o estudioso Dan Reiter.
Este modelo é útil para as relações internacionais, porque sugere que toda guerra é uma negociação e a resolução está apenas esperando para acontecer.

8. Gestão do terror

APTOPIX Brazil Indigenous Games
A teoria sugere que os seres humanos formam grupos culturais, tais como tribos e nações, porque precisam acreditar em algo que vai viver depois que morrem. Todos tememos a nossa própria mortalidade, mas as nossas culturas nos dão crenças e rituais que nos protegem deste medo. Os problemas surgem quando essas crenças são ameaçadas.
A teoria da gestão do terror sugere que, para muitas pessoas, um ataque à sua nação ou grupo desperta o medo básico da morte. Você pode ver os traços da teoria Rubicon aqui, na qual as ameaças à causa de um grupo de pessoas atravessa um limiar que os torna dispostos a tomar decisões violentas que nunca fariam na vida cotidiana. A teoria da gestão do terror sustenta que cruzar este limiar torna as pessoas dispostas a morrer para preservar sua cultura – porque, afinal, é a sua cultura que pode viver depois delas.
  • 9. O impulso agressivo
'Robin Hood' Film - 2010
A agressão é um instinto de luta que ajuda indivíduos e espécies a sobreviver. Em animais, existem inibições inatas contra matar outros da mesma espécie, tais como a demonstração de gestos submissos. Porém, isso é diferente para os seres humanos: armas e a agressão comum (o “entusiasmo militante”) aumentam não só a nossa capacidade de nos defender, mas também de infligir violência a outros grupos.
A expressão inevitável da agressão humana é a guerra. Essa ideia sugere que a guerra é específica da humanidade, como resultado de nossas ferramentas avançadas e organização social.

10. Guerra é aprendida (e pode ser desaprendida)

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Primeiramente proposta pela antropóloga Margaret Mead no início do século XX, esta hipótese sugere que a guerra não é a consequência inevitável de nossa natureza competitiva e agressiva. Pelo contrário, é uma invenção social que pode ser desaprendida. Isso se encaixa com a teoria do “impulso agressivo”, que sugere que os seres humanos podem ser agressivos como os outros animais, mas nossa organização social é o que leva à guerra.
É também uma forte censura à ideia da psicologia evolutiva do homem guerreiro, e com a noção neo-malthusiana de que a guerra é inevitável à medida que a nossa população cresce. Dado que a guerra é uma resposta social para o nosso ambiente e ao outro, faz sentido que a solução para a guerra também seja social. Podemos aprender a paz em vez de aprender a guerra – e isso sem precisar mudar os nossos genomas. [io9,The Dolphin ReaderForeign Policy]

Dilma autoriza Exército no Complexo da Maré no Rio

Dilma autoriza Exército no Complexo da Maré no Rio
A presidente Dilma Rousseff (PT) assinou, na noite desta sexta-feira (28), decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com o Palácio do Planalto, o decreto presidencial será publicado na edição da próxima segunda-feira (31) do Diário Oficial da União (DOU). A GLO confere poder de polícia às Forças Armadas, isto é, autorização para patrulha, vistoria e prisões em flagrante.
Segundo o Ministério da Defesa, o período e o território de vigência da GLO, bem como o efetivo que será empregado na Maré, só serão divulgados após a publicação do decreto presidencial.
Militares que participaram da preparação da ocupação, no entanto, dizem que o Exército entrará nas 16 favelas da Maré no próximo fim de semana. Na madrugada deste domingo (30), o complexo será ocupado por cerca de mil homens da Polícia Militar, que terão o apoio de blindados da Marinha e de Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Federal.
Depois que o controle do território for retomado pelas forças de segurança, apenas a PM permanecerá na região, realizando operações de busca a traficantes, armas e drogas. No próximo fim de semana, os PMs serão substituídos pelos militares do Exército, que patrulharão as comunidades até o segundo semestre, quando serão implantadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na região.
Mandado de busca
A Justiça do Rio expediu mandado de busca coletivo em duas favelas da Maré (Nova Holanda e Parque União) durante a ocupação do complexo, que terá início na madrugada deste domingo.
A decisão da 39ª Vara Criminal se limitou a estas duas comunidades porque é resultado de um inquérito da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) da Polícia Civil que investiga, desde o início do ano, traficantes do Comando Vermelho que atuam na região.
Para evitar denúncias de abusos, a Justiça determinou que apenas delegados poderão entrar nas casas dos moradores para cumprimento do mandado de busca coletivo. Para isso, a Polícia Civil deve montar uma força-tarefa com 20 delegados, que deverão entrar nas duas favelas depois que a região for retomada pela PM e pela Marinha.
O Ministério Público Militar também planeja pedir à Justiça Militar a expedição de mandado de busca coletivo para permitir ao Exército vasculhar as residências de todas as 16 favelas da Maré, assim que o Exército entrar na região para substituir a PM. O mesmo ocorreu durante a ocupação dos complexos do Alemão e da Penha, em 2010.

Preso acusado de estuprar cunhada com paralisia cerebral

Um homem de 38 anos de idade foi preso nesta quinta-feira, 27, em Sorocaba, acusado de estuprar a cunhada de 18 anos, portadora de paralisia cerebral. Em razão do relacionamento com a irmã da vítima, o suspeito morava na casa da família, no Jardim Regente, região do Éden, zona norte da cidade.

 O crime teria ocorrido no último dia 21, quando o acusado levou a sogra para uma consulta médica. Quando a mulher foi liberada pelo médico, estranhou a ausência do genro e tomou um taxi.
Em casa, encontrou a filha curvada e chorando muito. Como a garota não consegue se expressar em razão da doença, a mulher entrou em contato com a outra filha, namorada do acusado, que tem mais facilidade para entender as expressões da irmã. 
No contato com a irmã, a garota revelou por sinais que sentia dores nas partes íntimas. Ao remover a fralda que a garota usava, a irmã percebeu que estava suja de sangue. Questionada, a jovem confirmou que tinha sido violentada pelo cunhado.
Revoltadas, as duas mulheres foram abordar o suspeito e o encontraram com as malas prontas para partir. A polícia foi acionada, mas chegou depois que o suspeito havia saído. Exame do Instituto Médico Legal (IML) confirmou o estupro. 
Com a prisão temporária decretada pela Justiça, o homem foi preso quando se apresentava numa delegacia para prestar depoimento em outro caso. De acordo com a delegada Ana Luíza Salomone, titular da Delegacia de Defesa da Mulher, o mais chocante no caso é que a vítima, embora não tivesse condições de reagir, gritar ou se expressar, estava com a cognição intacta e tinha plena consciência da agressão a que era submetida.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Rachel Sheherazade: uma heroína em tempos estranhos




**ESSE FOI O MELHOR !!! VALE A PENA LER!!!

Rachel Sheherazade: uma heroína em tempos estranhos

DIÁRIO DA MANHÃ

Quero te convidar leitor, a vir comigo num exercício de imaginação. Use todo seu poder mental para figurar
 a seguinte situação: Suponha que você seja um policial; suponha que esteja trabalhando em uma viatura
 com seu colega. Imagine que esteja utilizando todo equipamento e armamento que o Estado disponibiliza:
 pistola, fuzil, algema, colete balístico, etc. Você está pronto para cumprir sua obrigação constitucional que
 é preservar a ordem e a segurança pública. Agora, imagine que você e seu parceiro depararam com um
 flagrante de crime. Tráfico de drogas. O flagrante te impede de aguardar reforço, embora o tenha
 acionado. Você aborda o criminoso, apreende a mercadoria, preenche toda aquela burocracia legal.
 De repente, você e seu parceiro se vêem cercados por outros marginais. Estes, com uma pá destroem 
sua viatura. Arremessam tijolos. Chutam seu parceiro e caminham na sua direção, desferindo um tapa 
na sua nuca. O que você faria? Antes de continuar lendo, detenha-se um pouco na solução desse enigma. 
Como você se comportaria diante deste quadro? Quero esclarecer que ele é real. Aconteceu
 recentemente com uma guarnição de policiais no Rio de Janeiro. Vamos às possíveis respostas:

Primeiro: vocês são dois policiais apenas, cercados por mais de 10 criminosos. Você é o legítimo
 representante do Estado, inviolável portanto no exercício de seu dever. Seu dever, como dito, é preservar
 a ordem e a segurança pública. Você dispõe de armas para isto mesmo, garantir sua segurança e a
 de terceiros. Além do mais, há um patrimônio público, a viatura, sob sua responsabilidade. Deixá-lo 
ser destruído implica em omissão. Então você usa os recursos que o Estado te deu, a arma de fogo
 inclusive. Alveja dois ou três criminosos, que morrem. Prende mais um ou dois. O restante foge. Sabe
 o que ocorreria? As filmagens nunca apareceriam. Os criminosos estavam desarmados. A imprensa
 divulgaria a chacina praticada por dois polici ais contra civis desarmados. Você seria preso, excluído
 e condenado. Não necessariamente nesta ordem. Sua esposa te deixaria, pois não ficaria casada com
 um criminoso. Seus filhos, nunca te visitariam na cadeia até porque você não acha apropriado para
 eles ficarem frequentando presídio. Os direitos humanos pediria sua execução sumária. Esta não
 seria a melhor resposta então. Vamos para a seguinte.

Segunda: você e seu parceiro são resignados. Aceitam que destruam a viatura, calados. Também 
concordam que não devem usar armas de fogo pelos fatos narrados acima. Sujeitam-se apanhar 
um pouco, afinal o dano é menor. Os traficantes pegam a droga de volta e se dão por satisfeitos.
 Você sai agradecido, afinal não foi baleado e apanhar um pouco não é tão ruim. Seis meses depois
 alguém divulga as imagens. Seus filhos não querem que você vá até a escola na reunião de pais, 
pois temem que alguém descubra que você apanhou na televisão. Sua esposa conclui que você é um
 banana na rua e quer cantar de galo em casa. Seu chefe resolve abrir um procedimento por omissão,
 já que você devolveu a droga aos bandidos, não prendeu ninguém e os deixou destruir a viatura. 
Você será preso, excluído e condenado. Não necessariamente nesta ordem. Não conseguirá 
outro emprego. Os direitos humanos não te defenderão porque você tem(?) o Estado a seu favor. 
Também esta não seria a melhor opção. Vejamos outra possibilidade.

Terceira: você descobre que seu parceiro gosta de trabalhar, então dá um jeito de mudar de parceiro. 
Consegue um mais lento nas decisões e surdo, para não ouvir o rádio. Deixa de atender ocorrência,
 não atende o rádio, finge que está doente. Seus superiores começam reclamar da sua embromação.
 A sociedade também, pois querem PM que apanha, não que escamoteia. Logo descobrem que você é 
um peso morto. Começam a te punir sucessivamente até te excluir da corporação. Sua esposa, 
seus filhos, seus amigos descobrem que você é não só omisso, mas medroso, covarde, banana.
 Provavelmente não arrumará outro emprego, nem outra mulher, nem out ros filhos. Amigos? Jamais. 
Esta também não é a resposta certa.

Quarta: você ora para nascer de novo. Deseja nunca ter sido policial na vida. Pensa em candidatar. 
Mas descobre que tudo isto é uma ficção, impossível de ocorrer. Então você começa a desesperar. 
Não deixará de ser policial jamais, esta cruz é que tem que carregar. Provavelmente você 
vai ficar maluco diagnosticado, mas vão dizer mesmo é que você amarelou. Voltamos ao quadro da 
resposta anterior. Então, fácil concluir que esta também não é a melhor resposta. Me ajudem 
aí (sic). Qual é a resposta certa?

Rachel Sheherazade é mais homem que muitos homens que conheço. Tem coragem de falar o que
 precisa ser dito. Dê-me dez iguais a ela e teremos um País diferente. As policiais deveriam lhe 
oferecer segurança, medalhas e oblação. Não fazem isto porque têm medo. Agora, uma deputada de
que me recuso a falar o nome a processa por dizer a verdade. Dizer que não gosta de polícia pode, 
mas eu dizer que não gosto de bandido é proibido? Que País é este? Vou mandar meus filhos embora
 o quanto antes. Este não é um lugar de se viver.

(Coronel Avelar Lopes de Viveiros, comandante da Academia da Polícia Militar)

AOS FILIADOS DA FUNASA, MINISTÉRIO DA SAUDE E SESAI ( manutenção do Plano Collor do pessoal oriundo da ex-Sucam.)


PORTAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO BRASIL


Através do presente e-mail estou lhes enviando cópia da decisão do
 TRT14 sobre agravo impetrado pelo Dr. Neórico, quanto a ação que não
 garantiu a manutenção do plano Collor dos servidores oriundos da antiga
 Sucam.
Ele (Dr. Neórico) entrou com pedido de manutenção do plano Collor do 
pessoal da ex-sucam ainda em 2012, sendo proferida uma sentença 
que não garantiu, nem negou o direito.
O Dr. Neórico, de forma tecnicamente correta, recorreu da decisão, 
porém, não foi ele que assinou a petição do recurso, que foi assinado
 pela Dra. Conceição, que não possui procuração nos autos. 
A DOUTORA CONCEIÇÃO SOMENTE PODERIA ASSINAR COM 
PROCURAÇÃO NOS AUTOS, QUE SOMENTE O DR. NEORICO 
PODERIA/DEVERIA TER SUBSTABELECIDO.
Assim sendo, foi arquivado o processo, entretanto, não ocorrendo 
prejuízo aos substituídos (filiados ao Sindsef), pois não houve no 
processo arquivado decisão quanto ao mérito do ali solicitado.
Não obstante a falta de prejuízos, até o presente momento, 
algumas questões nos leva a apresentar a nossa preocupação:
a) A Dra. Conceição cometeu um erro grosseiro, pois tinha a obrigação 
profissional de verificar se estava ou não habilitada para assinar a 
petição do recurso, se habilitando ou pegando a assinatura do advogado 
habilitado (Dr. Neórico). O advogado verificar se está ou não habilitado 
nos autos é obrigação fundamental do profissional de direito, coisa que 
não ocorreu;
b) Também ressaltamos o fato da decisão proferida nos autos não ter
 sido comunicada ao Sindsef, decisão essa que foi prolatada no dia 17
 de dezembro último. O Sindsef ficou sabendo da decisão por terceiro, não por
 seu advogado;
c) Servidores do setor de recursos humanos do Ministério da Saúde entraram
 em contato com o Sindsef, falando comigo ( DANIEL PEREIRA) para
 apresentarmos relação de servidores beneficiados com Plano Collor da
 ex-Sucan. É claro que não apresentamos nada para eles, pois 
traindo nossos filiados, mas fica claro que eles (Ministério da Saúde, 
Funasa e Sesai) estão sabendo da decisão de 17 de dezembro (em anexo)
 e estão querendo retirar o Plano Collor de nossos filiados, que poderá ocorrer
 no próximo mês;
d) O Dr. Neórico informou ao presidente do Sindsef que estará protocolando 
nos próximos dias ações contra a Funasa, Ministério da Saúde e Saúde
 Indígena para a manutenção do Plano Collor do pessoal oriundo da ex-Sucam.
e) Esperamos que não ocorra nenhum prejuízo aos nossos filiados, entretanto,
 precisamos informar a possibilidade, mesmo em tese, do Plano Collor
 ser retirado temporariamente do contracheque de nossos filiados pelas razões
 acima exposto, ficando claro não ser do Sindsef a menor responsabilidade 
pelo fato, pois a nossa entidade sindical cumpriu à risca o solicitado pela 
advogado patrono da causa.
Porto Velho, 23 de março de 2014.
DANIEL PEREIRA
PRESIDENTE
SINDSEF