quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Willian Bonner e Patrícia Poeta fizeram Campos perder a pose


Surpreendente é o termo apropriado para definir o 
comportamento dos jornalistas Willian Bonner e 
Patrícia Poeta na condução da entrevista feita 
na noite de ontem com o candidato à presidência 
da república pelo PSB, o pernambucano Eduardo
 Campos no Jornal Nacional. É que esses dois 
apresentadores do telejornal de maior audiência 
da televisão brasileira, de maneira segura, como
 é de se esperar de profissionais dos seus níveis,
 demoliram a imagem desse político nordestino ao
 questionarem Eduardo Campos sobre procedimentos
 nada éticos, como se articular com Lula para eleger 
a sua mãe, a ex-deputada federal Ana Arraes para o
 TCU e, outros dois parentes seus para o Tribunal 
de Contas do Estado (TCE), durante a sua gestão
 no governo do estado de Pernambuco.

Outra pergunta embaraçosa foi feita por Patrícia Poeta:
 “O senhor foi colaborador próximo de Lula. Era ministro
 em 2005, quando estourou o mensalão. Afastou-se de 
Dilma Rousseff só em setembro de 2013, na ante-sala 
da sucessão. Tudo isso é ambição de ser presidente?”. 
“Não se trata de ambição. Se trata de um direito”, reagiu 
o entrevistado. “Numa democracia, qualquer partido pode
 lançar um candidato, pode divergir.  Porque você apoiou,
 você não está condenado a apoiar quando você já não 
acredita, quando você já não vê, não se representa 
naquele governo.” 

Sem direito a replica ou treplica, o candidato do PSB
 deixou para o telespectador e eleitor brasileiro a 
impressão de que em matéria de comportamento 
ético ele deixa muito a desejar e que ele é igual aos
 demais políticos deste país.

Willian Bonner e Patrícia Poeta estiveram irrepreensíveis.
 Ponto para a democracia e para o jornalismo brasileiro.

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