domingo, 24 de agosto de 2014

Grêmio lutou e ganhou


Dudu esteve  mais uma vez entre os melhores na arrepiante vitória do Grêmio (Foto: Bruno Alencastro)
Dudu esteve mais uma vez entre os melhores na arrepiante vitória do Grêmio (Foto: Bruno Alencastro)
Por Caue Fonseca
Bom que se diga, o Grêmio poderia ter lutado e não ter vencido. Pela qualidade que tem, não seria de todo injusto se o Corinthians viesse a empatar o jogo. Mas é preciso valorizar uma vitória a ferro e fogo, como há muito o Grêmio não vencia. Nesse 2 a 1 deu para ver um bigode começando a crescer debaixo dos beiços do tricolor, à feição de Luiz Felipe Scolari.
Outro dia escrevi que o Grêmio estava mal literalmente do goleiro ao centroavante. Pois foi o que de melhor tivemos hoje. Marcelo Grohe foi decisivo e é isso que ele precisa ser.Quando critico o nosso goleiro, muita gente faz questão de não entender. Naquela bola em que ele se viu sozinho frente a frente com Paolo Guerreiro, não seria culpa dele se tomasse o gol. Mas isso não basta para ser goleiro do Grêmio. Ele precisa ir além. Precisa, quando necessário, fazer os milagres que fez hoje. Merece toda a comemoração do final do jogo.
Na outra ponta do campo, valeram os gols sem firula de Barcos. Centroavante é pra isso mesmo, pra meter bolas pra dentro. As fáceis e as difíceis. E em duas jogadas que passaram pelos lados do campo – como não cansa de apontar o Guilherme Mazui – graças à inspiração de Zé e de Dudu.
De destaques negativos, terminei o jogo preocupado com Matías Rodríguez. Sem Pará, o Grêmio melhorou. Não porque Matías tenha jogado melhor e sim porque, ausente, Pará deixou de carimbar todas as jogadas. Os outros 10 têm mais oportunidades sem Pará entre eles. Mas questão é que não vi em Matías as qualidades no apoio que justifiquem a avenida aberta na direita às suas costas. E de frente para o Werley ainda, para aumentar nosso terror.
Talvez Matías seja o bode na sala para o retorno de Pará, mas não custaria escalar Saimon por ali. Ramiro eu sigo querendo emprestar para o MFK Ružomberok, da Eslováquia, sem custos. Aparentemente Felipão é mais um técnico a cair de amores pelo pequeno volante. Paciência.
Temos de celebrar a vitória a fórceps. Vencer mesmo quando joga mal é característica fundamental de um time que quer ser campeão de alguma coisa na vida. Mas não é um Grêmio pronto. Ainda é preciso melhor a dinâmica de jogo para almejarmos uma tacinha. Vamos lá. Passo a passo, sempre pra frente e tabela acima, mesmo aos trancos e barrancos como hoje.

Nenhum comentário: