O PSDB não tem moral para propor mudança

A alternância do poder é salutar para o revigoramento e amadurecimento da democracia. Todos concordam com isso, mas ocorre que se depender só dos políticos com mandatos, nunca haverá alternância de poder, porque todos ao chegarem ao poder fazem de tudo para nele permanecer indefinidamente.

Nesta eleição, o principal candidato de oposição ao
 governo da presidenta Dilma Rousseff é o mineiro
 Aécio Neves, cujo partido está no poder no estado 
de Minas Gerais há exatos 15 anos seguidos. No estado
 de São Paulo, o PSDB, caso Geraldo Alckmin seja reeleito,
 completará um quarto de século no governo paulista. 
Na capital piauiense o prefeito Firmino Filho ao concluir
 o seu mandato em 2016 - completará 23 anos de governo
 tucano, faltando apenas dois anos para um quarto de século.

O PSDB que teve dois mandatos seguidos na presidência 
da república tentou de todas as maneiras emplacar em 2002
 um terceiro mandato com a candidatura de José Serra, não
 conseguindo em função da grave situação econômica que 
o país vivia sob o comando de FHC. Por isso, o PSDB não 
tem moral suficiente para propor mudança ou alternância 
de poder.

Como se não bastasse só isso, o candidato Aécio Neves até
 o presente momento ainda não conseguiu elaborar um 
discurso com propostas novas que convençam o eleitor
 brasileiro da necessidade de trocar Dilma Rousseff por ele,
 o que em última analise significa mudar para permanecer 
como está.