sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Secretaria do Ambiente do Estado fecha fábrica de combustível adulterado em Duque de Caxias

Cerca de 10 mil litros de gasolina “batizada” estavam estocados em galões para venda imediata.

Uma fábrica de combustível adulterado – com cerca de 10 mil litros de gasolina “batizada” estocados em galões, para comercialização imediata – foi fechada nesta quinta-feira (18/8) pela Secretaria de Estado do Ambiente, com o apoio de fiscais do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e de policiais do Batalhão Florestal da PM e da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).

A fábrica – na Av. Mascarenhas de Morais s/nº, ao lado do número 950, no bairro Figueira, em Duque de Caxias – recebia caminhões que eram, em geral, abastecidos na Refinaria Duque de Caxias (Reduc) com combustível de boa qualidade. No terreno, havia grande quantidade de gasolina infiltrada no solo, contaminando o lençol freático. Na fábrica clandestina, o combustível era misturado com solventes e amônia para, em seguida, ser vendido em postos de combustíveis.

No local, foi detido um menor de 16 anos, testa de ferro do dono do estabelecimento, conhecido como “Seu Orlando”.
O menor disse que recebia R$ 10 mil por mês para administrar a fábrica. Nos fundos do terreno, havia outro terreno com tanques para armazenamento de 70 mil litros de água furtados da rede da Cedae. Segundo apuração policial, “Seu Orlando” é dono também de caminhões pipas.

- Isso aqui não é apenas um crime ambiental, mas um crime por furto de água e um crime contra o consumidor – afirmou o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, que esteve no local. A operação foi promovida pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), órgão da Secretaria do Ambiente.

Após a adulteração do combustível, os caminhões eram lacrados, para simular a boa procedência do produto. Cerca de 30 lacres falsos foram apreendidos no local. “Às vezes, com o lacre, alguns proprietários de postos de gasolina acabavam comprando, de boa fé, um produto adulterado”, disse o coordenador da Cicca, José Maurício Padrone.

Dois fiscais da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) foram ao local para recolher amostras do combustível adulterado, para posterior análise. A DPMA abriu inquérito criminal e está à procura do responsável pela fábrica, que deverá ser processado por crimes como poluição ambiental, falta de licença ambiental e furto de água.

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