Segundo um estudo canadense, estresse no local do trabalho não é bom para a saúde; também não é tão bom para a economia.
Para chegar a essas conclusões, os cientistas usaram dados nacionalmente representativos da Pesquisa Nacional de Saúde da População Canadense, restritos a adultos com idades entre 18 e 65 anos, a maior parte empregada, e que incluía estatísticas sobre cuidados de saúde, doenças crônicas, estado civil, nível de renda, tabagismo e hábitos de consumo.
Os pesquisadores descobriram que um estresse no trabalho cada vez maior faz com que os trabalhadores procurem mais ajuda de profissionais de saúde para doenças físicas, mentais e emocionais.
O número de visitas aos profissionais de saúde aumentou 26% entre os funcionários que trabalham em empregos de alta tensão, e era maior do que os números de empregos de baixa tensão.
“Nós acreditamos que um número crescente de trabalhadores está utilizando serviços médicos para lidar com estresse no trabalho”, disse o coautor do estudo, Mesbah Sharaf.
Segundo Sharaf, há evidência médica de que o estresse pode afetar adversamente o sistema imunológico de um indivíduo,
aumentando assim o risco de doenças.
Vários estudos relacionaram o estresse à dor nas costas, câncer colorretal, doenças infecciosas, problemas cardíacos, dores de cabeça e diabetes.
Estresse no trabalho pode também aumentar os comportamentos de risco, como abuso de drogas, tabagismo e álcool, além de desencorajar comportamentos saudáveis, como atividade física, dieta adequada e aumentar o consumo de alimentos gordurosos e doces.
O estresse e os custos com cuidados de saúde associados também afetaram a saúde da economia canadense. “Os gastos de saúde no Canadá, como um percentual do produto interno bruto, aumentaram de 7% em 1980 para 10,1%”, disse Sunday Azagba.
O Canadá quer controlar a situação antes que ela se torne tão estressante na sua economia como é nos EUA, onde 70% dos trabalhadores consideram seu trabalho uma fonte significativa de estresse. Estima-se que a utilização de cuidados de saúde induzidos pelo estresse nos EUA custe às empresas mais de um trilhão de reais por ano, reduzindo seus lucros em 10%.
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