O número dois da rede Al-Qaeda, o líbio Atiyah al Rahman, foi morto no Paquistão, o que significa um forte golpe contra essa organização, informou em Washington neste sábado um alto funcionário dos Estados Unidos.
Ele completou que Al-Rahman morreu na região tribal de Waziristão (noroeste do Paquistão) em 22 de agosto, após ter sido fortemente vinculado à liderança de várias operações empreendidas pela Al-Qaeda.
O funcionário, que falou na condição de não ser identificado, não informou sobre as circunstâncias da morte de Al-Rahman.
No entanto, funcionários da região paquistanesa do Waziristão disseram na semana passada à AFP que um avião teleguiado atacou um veículo no Waziristão do Norte e matou ao menos quatro militantes.
O alto funcionário de Washington disse neste sábado que a morte de Al-Rahman é um forte golpe para a Al-Qaeda, porque ele era o braço direito de Ayman al-Zawahiri; líder dessa organização após a morte de Osama Bin Laden no Paquistão.
"Os materiais encontrados no refúgio de Bin Laden (no Paquistão) mostraram que Al-Rahman estava amplamente envolvido na direção de operações", completou.
"Ele tinha múltiplas responsabilidades na organização e será difícil substituí-lo", indicou.
Os detalhes sobre a vida de Al-Rahman são muito vagos, já que ele não tinha a notoriedade de Bin Laden ou Zawahiri.
Segundo as autoridades americanas, Al-Rahman, um líbio de menos de 40 anos, foi escolhido pessoalmente por Bin Laden e foi emissário da Al-Qaeda no Irã. Realizou tarefas de recrutamento de ativistas e entrou em contato com outros grupos islâmicos para vinculá-los à Al-Qaeda.
Al-Rahman era adolescente quando se uniu a Bin Laden no Afeganistão, para brigar nos anos 1980 contra as tropas soviéticas.
O anúncio dessa morte ocorre em um momento em que os Estados Unidos se preparam para lembrar os ataques de 11 de setembro em Nova York.
A morte de Rahman significa uma nova vitória para operações lideradas pelos Estados Unidos contra a Al-Qaeda; particularmente nas regiões tribais no noroeste do Paquistão, onde segundo Washington os ativistas dessa organização têm seus refúgios.
Washington considera que essa região semi-autônoma do Paquistão abriga o quartel-general da Al-Qaeda e de onde se orquestram ações contra a Otan no Afeganistão.
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