Furacões e as inundações causadas por eles são fenômenos difíceis de prever, mas em um futuro próximo isso pode mudar. Tudo por causa de pesquisas que partem de um próprio furacão, o Irene, que vem causando tragédias nos EUA nos últimos dias.
Pesquisadores se prepararam para testar um sistema de previsão do nível de água no último final de semana, quando o furacão Irene se aproximou do litoral. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) pretendia produzir simulações do nível de água na Carolina do Norte durante o furacão, visando melhorar as previsões futuras de inundações nas costas, tanto para a navegação quanto para ajudar as pessoas a terem tempo de reagir.
O novo sistema visa captar a complexa interação entre ondas, marés, fluxo de rios e tempestades para coletar informações que podem ser usadas em uma troca interativa entre modelos atmosféricos, fluviais e oceânicos. Pesquisadores e meteorologistas podem acessar essas simulações dos níveis de água costeiras para a temporada de 2011 de furacões no oceano Atlântico em um site, em tempo real.
O sistema é focado em rios e bacias da Carolina do Norte, mas o objetivo é expandi-lo para outras bacias hidrográficas costeiras dos EUA.
A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional não é pioneira na tecnologia de testes de inundação. Pesquisadores de universidades americanas já estão aplicando análises avançadas de sistemas fluviais, com sensores, para prever o comportamento de rios em dias em que a velocidade da água é até centenas de vezes maior do que o normal.
As cheias são o desastre natural mais comum nos Estados Unidos, mas, tradicionalmente, os métodos de previsão de inundações estão focados apenas nos maiores e principais rios. Já a nova tecnologia de previsão de inundações pode simular dezenas de milhares de afluentes de rios rapidamente. Com isso, as cidades poderão dar respostas ágeis a desastres, podendo criar planos de emergência nas potenciais áreas de inundação.
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