quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Segundo um novo estudo, homens de meia idade que tomam medidas para melhorar a saúde do coração ao comer melhor, fazer mais exercícios, ou tomar remédios redutores de colesterol podem acabar melhorando a sua vida sexual também. A dificuldade em atingir ou manter uma ereção é uma condição conhecida como disfunção erétil (DE). Drogas como o Viagra não são a única solução e nem sempre são suficientes para resolver o problema. “Se você cuidar bem do seu estilo de vida comendo direito, fazendo exercícios, perdendo peso, você responde muito melhor ao Viagra, ao Levitra, ao Cialis”, disse o cardiologista Stephen Kopecky. Da mesma forma, se essas drogas tornam-se menos efetivas, é um sinal de que você precisa cuidar do seu estilo de vida. DE já é preocupante o suficiente por si só, mas para piorar a situação também é um conhecido prenúncio de doença cardíaca. As artérias do pênis que expandem durante uma ereção podem enfraquecer e entupir com o colesterol da mesma maneira como as artérias que circundam o coração. É por isso que muitas vezes 3 a 5 anos depois do início de DE seguem problemas cardiovasculares, como ataque cardíaco ou derrame, especialmente em homens mais jovens. “O denominador comum é o fluxo de sangue”, explica Kopecky. “Se você compara um cara em seus 40 anos com disfunção erétil e um sem, o cara com DE é cerca de 50 vezes mais propenso a ter doenças do coração”, diz. Apesar dessa relação bem estabelecida, pouca pesquisa já foi feita para saber se os fatores de risco para doenças cardíacas (como colesterol) também podem inverter DE. Para esclarecer o efeito das mudanças de estilo de vida na DE, os pesquisadores analisaram pesquisas feitas com homens com disfunção erétil. No final, eles se concentraram em seis estudos que incluíram um total de 740 homens e foram conduzidos nos EUA, Itália, Nigéria e Irã. Em todos os estudos, que variaram em comprimento de dois meses a dois anos, dietas saudáveis e números melhores de colesterol foram associados com melhoras modestas, mas mensuráveis em uma pesquisa que classificou a função erétil em uma escala 5 a 25. A melhora média na função sexual vista nos estudos agrupados foi de três pontos, que os especialistas consideram “clinicamente importante”. Para alguns homens, especialmente aqueles com casos mais persistentes de DE, uma mudança dessa magnitude seria insignificante. Para aqueles com DE leve ou ocasional, no entanto, se traduziria em melhorias visíveis na função sexual. Segundo os pesquisadores, os médicos e outros especialistas deveriam fazer um melhor trabalho de informar ao público que um coração saudável muitas vezes significa melhores ereções. Quando algum paciente com DE pede ajuda, o profissional deve perguntar como é a sua dieta, que exercícios ele faz, pois apenas medicamentos provavelmente não serão suficientes para obter melhores resultados. Mesmo pequenas e simples mudanças de estilo de vida, tais como comer pelo menos cinco porções de frutas e vegetais diariamente, podem fazer uma grande diferença. E a “chave real” para a melhora é o exercício: apenas 10 minutos de exercícios vigorosos três vezes por semana melhora muito a função cardíaca e a função dos vasos sanguíneos.

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