quarta-feira, 28 de setembro de 2011


Apesar de queda do número de casos de dengue, BH



mantém alerta


Entre janeiro e setembro de 2011, 1.495 pessoas foram infectadas.
Em 2010, número chegou a 51.603 no mesmo período, segundo secretaria.

Fernanda BresciaDo G1 MG


Dengue (Foto: Reprodução / TV Globo)Monitoramento de focos de reprodução é carro-chefe
de campanha em BH (Foto: Reprodução / TV Globo)

O número de casos de dengue confirmados em Belo Horizonte entre janeiro e setembro de 2011 apresentou queda em relação aos registros do ano passado, segundo balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quarta-feira (21). Ainda de acordo com o órgão, neste ano, 1.495 pessoas foram infectadas pela doença entre 1º de janeiro e 21 de setembro. Em 2010, o número chegou a 51.603 no mesmo período.

Mesmo com o índice otimista, o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, diz que os moradores da capital devem permanecer em alerta. “Ainda há necessidade da mudança de comportamento da população, sem transferir a responsabilidade toda para ela”. Segundo o secretário, o poder público também não pode perder o foco do combate à dengue neste momento. “A responsabilidade também é nossa e ainda temos um caminho importante para percorrer”, completou.

  • Para o secretário, as campanhas educativas e o aumento da conscientização da população podem ser apontados como alguns dos fatores responsáveis pela queda no índice de pessoas infectadas. “Também contribui o engajamento importante do setor de educação, sempre colocando o tema na pauta, nas atividades transversais”, acrescentou.

Apesar da diminuição do número de casos em Belo Horizonte neste ano, a capital mineira apresenta o maior número de notificações da doença em relação ao estado, chegando a 6.821, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Juiz de Fora e Governador Valadares seguem em segundo e terceiro lugar na lista dos maiores registros de notificações, com 2.802 e 2.510 casos, respectivamente.

Ainda segundo Pimenta, o programa de estratificação das áreas de risco, que inclui visitas regulares às residências e monitoramento dos focos de reprodução do mosquito, é um dos carros-chefes da campanha em Belo Horizonte. Para fiscalizar a incidência de dengue, as regiões do município são classificadas de acordo com a temperatura e a proporção de prédios, fatores que alteram a velocidade de multiplicação no ciclo evolutivo do transmissor.

Até o mês de setembro, a Região Noroeste da capital apresentou o maior número de casos confirmados de dengue, segundo balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde. O número chega a 257. As regiões Norte e do Barreiro seguem em segundo e terceiro na lista, com 252 e 173 casos.

Ainda de acordo com a secretaria, nenhuma pessoa morreu por dengue em Belo Horizonte em 2011 e também não há suspeitas de óbito por dengue.

O secretário adjunto diz que um dos principais desafios para o combate da doença em BH é a quantidade de lixo jogado nas ruas e terrenos baldios, que acabam servindo com criadouro para o mosquito. “Os levantamentos dos últimos quatro anos mostram que o primeiro criadouro são os descartáveis; os copos plásticos, potinhos de iogurte, garrafas pet, entre outros”, comentou.
Para recolher os materiais descartáveis, a administração municipal da capital promove mutirões extraordinários. Segundo dados da secretaria de saúde da cidade, em 2011, 156 mutirões de limpeza foram realizados para retirar lixos e entulhos das nove regionais de Belo Horizonte. Cerca de 1.203 toneladas de lixo e mais de 3.841 pneus foram recolhidos durante a ação.

Minas
Dezesseis pessoas morreram no estado por dengue até o dia 8 de setembro, data do último balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde. Uma pessoa morreu por dengue hemorrágica em Recreio e outra por dengue com complicações no município de Coroaci. Os outros óbitos foram registrados em Juiz de Fora, Contagem, Água Boa, Itabirinha de Mantena, Januária, Nova Serrana, Itabira, Mantena, Rio Acima e dois casos em Uberaba e três em Timóteo.

Ainda de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, outras dez pessoas morreram com suspeita de dengue no estado neste ano. Os casos são investigados. Em 2011, foram confirmados 40 casos de Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) e 135 casos de Dengue com Complicações (DCC).

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