Rio -  Um homem de 35 anos foi preso nesta sexta-feira por policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Ele é acusado de se passar por um produtor de novelas para aliciar jovens. Com ele, segundo a Polícia Civil, também foram apreendidas imagens de crianças sendo abusadas sexualmente.
A esposa do acusado disse que não perdoa o marido. Ela disse que o agrediu quando ficou sabendo dos crimes com a chegada da polícia. A mulher disse ainda que não era procurada sexualmente pelo companheiro há muito tempo e que ele andava por toda acasa, inclusive no banheiro, com um computador portátil.
"Não perdoo ele. Trabalho como babá e tenho filhos pequenos", disse a esposa do acusado, que vive há dois anos com o marido no Porto da Pedra, em São Gonçalo. Segundo os agentes, o acusado usava perfis em redes sociais para atrair as vítimas.
Acusado usava perfis em redes sociais para atrair vítimas | Foto: Reprodução Internet
Acusado usava perfis em redes sociais para atrair vítimas | Foto: Reprodução Internet
O delegado Gilson Perdigão, titular da DRCI, informou que o pai de uma adolescente esteve na delegacia no último dia 15 contando que a garota era chantageada. Através de uma rede social, ele se passava por produtor de uma novela voltada para o público adolescente e usava a ferramenta para pedir fotos íntimas das vítimas.
No computador do acusado foram achados vídeos pornográficos com crianças e adolescentes. O suspeito confirmou ter baixado os vídeos na Internet.
Outro caso em agosto de 2012
Em agosto de 2012, um outro falso produtor de TV foi detido acusado de abusar sexualmente de uma modelo que ele estava agenciando. Júlio César do Carmo, de 31 anos, era suspeito de atrair jovens paulistas ao Rio com a promessa de conseguir figuração em programas de TV.
Ele teria alugado luxuosa casa no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, para receber 22 jovens — homens e mulheres — do interior de São Paulo. No grupo estavam cinco menores que viajaram sem autorização da Justiça. O suspeito, que negou o abuso sexual, cobrou R$ 400 de cada um para promover suas carreiras.