quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sem problemas?

Despreocupado com queda no ranking, Mano aponta exemplos para o Brasil


Globoesporte.com

Créditos: AFP

A pior colocação da Seleção Brasileira no ranking da Fifa nos últimos 18 anos não preocupa em nada Mano Menezes. Após convocar os jogadores que enfrentarão a Argentina, na próxima quarta-feira, em Belém, pelo Superclássico das Américas, a Costa Rica, dia 7 de outubro, em San José, e o México, dia 11, em Torreón, em amistosos com datas-Fifa, o treinador nacional comentou a lista divulgada pela entidade máxima do futebol na quarta-feira.

Mano encarou o sétimo lugar, com 1.132 pontos, com naturalidade e justificou sua postura citando os concorrentes que estão a sua frente. Para ele, apenas quatro países têm equipes em estágio superior ao Brasil na atualidade.

"Vejo no ranking quatro seleções que realmente estão na nossa frente: Holanda, Espanha, Alemanha e Uruguai. E outras duas que estão no mesmo nível: Itália e Portugal. Aí, é questão de um mês mais favorável para um, menos para outro, com filosofia de adversários diferentes. As quatro que estão à frente são parâmetros que temos que seguir para superá-las."

Destas seleções, o Brasil de Mano já encarou Holanda e Alemanha, com um empate e uma derrota, respectivamente. O retrospecto ruim diante de adversários tradicionais, por sinal - com derrotas também para Franças e Argentina -, ajuda a explicar a queda brasileira no ranking liderado pela Espanha. A pior colocação nacional aconteceu logo na primeira edição da lista: oitavo lugar, em 1993.

Com adversários sem tanto prestígio pela frente (Argentina com jogadores locais, Costa Rica, México e Gabão), Mano Menezes respondeu ainda a questionamentos sobre o grau de dificuldade dos próximos compromissos da Seleção Brasileira e enumerou os desafios a serem superados.

"Todo adversário que você for enfrentar é preciso tirar algum proveito. Quando é de menor qualidade, é necessário se impor. Não existem tantos de bom nível. É sempre bom mesclar um pouco. Serão dois jogos em curto espaço de tempo. Vamos trazer jogadores que vêm da Europa, com uma diferença de fuso de sete horas para trás. Aconteceu isso contra a Venezuela, nos EUA (em 2008, ainda com Dunga), e o Brasil perdeu o jogo. É preciso administrar, encontrar soluções para os problemas."

O treinador brasileiro fez questão também de ressaltar a evolução do futebol mexicano, apenas 20º no ranking, e lembrou que o rival tradicionalmente cria problemas.

"Nos últimos confrontos, o Brasil tem enfrentado dificuldades para vencer o México. Estamos indo para encontrar soluções contra isso."

As estatísticas comprovam a teoria de Mano. Nos 10 duelos mais recentes, o Brasil venceu os mexicanos quatro vezes, perdeu quatro e empatou em duas oportunidades.


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