terça-feira, 6 de setembro de 2011

Mergulho para a morte é tabu do 11 de Setembro

Texto:

Calor desesperador, falta de ar, pânico e nenhuma rota de fuga. O mergulho para a morte através da janela de um dos prédios mais altos do mundo. Uma queda de 1, 2, 3... 8 segundos. Cem andares mais tarde, o fim abrupto. O tempo que o leitor levou para ler essas frases é mais ou menos o quanto durou a queda das estimadas dezenas ou centenas que se jogaram das Torres Gêmeas no 11 de Setembro.

Foto: APAmpliar

Falling Man, de Richard Drew, uma das fotos que se tornaram ícone dos ataques do 11 de Setembro

Uma espécie de suicídio coletivo desesperado que foi classificado pelo governo americano como assassinato. “Ninguém se matou, foram todos vítimas dos atentados”, segundo o relatório oficial do governo americano sobre os ataques. Esses mortos são chamados nos EUA de "jumpers" (saltadores), e se transformaram rapidamente em um tabu do 11 de Setembro.

Calcula-se que entre 50 e 200 tenham se sentido compelidos a se jogar ou caído dos andares mais altos do World Trade Center (WTC) naquela terça-feira, segundo os jornais The New York Times e USA Today, respectivamente.

O primeiro, mais conservador, contabilizou somente as quedas testemunhadas por seus próprios repórteres. O segundo fez uma pesquisa envolvendo testemunhas, vídeos e fotos. Ambas estimativas são altas, mas, se o USA Today estiver certo, pelo menos 8% dos 2.753 mortos do 11 de Setembro em Nova York morreram ao pular dos mais altos dos 110 andares de cada um dos prédios, principalmente da Torre Norte, a primeira a ser atingida.

Nenhum comentário: