Dobram os casos de coqueluche no País
O número de casos de coqueluche registrados no País dobrou em relação ao ano passado - passou de 291 pacientes confirmados para 583. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, explica que o Brasil está longe de um surto.
Segundo Barbosa, o crescimento de casos ocorre pelo que se chama de "acúmulo de suscetíveis". A estimativa é de que, a cada ano, cerca de 5% das crianças não sejam imunizadas - ou por não terem tomado a vacina ou por algum problema no seu sistema imunológico.
O ressurgimento da coqueluche será um dos destaques da 13.ª Jornada de Imunizações, que reunirá especialistas em São Paulo, em outubro.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo mostram que as cinco crianças que morreram na cidade, até 17 de agosto, tinham menos de um ano de idade; e 70% dos casos confirmados da doença eram de bebês com menos de seis meses (quando as três doses da vacina ainda não foram ministradas).
A secretaria emitiu um alerta epidemiológico por conta do aumento de cerca de 40% do registro de coqueluche em relação a 2010. Em 75% dos casos de coqueluche em bebês, o transmissor da bactéria vive na mesma casa da criança. Isso ocorre porque a vacina garante a imunização por cinco a dez anos.
O adulto volta a ficar suscetível, contrai a doença, mas os sintomas são mais brandos. "A literatura mostra que de 20 a 25% das tosses com mais de 14 dias são coqueluche. Mas o médico não pensa nisso. Considera um problema resolvido e trata como alergia".
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