A instalação das 17 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro reduziu em 50% os homicídios nos 38 bairros da cidade beneficiados pelas bases policiais, segundo levantamento publicado pelo jornal O Globo.
A análise foi baseado naas estatísticas do Instituto de Segurança Pública (ISP), que indicam que as UPPs foram responsáveis por salvar 270 vidas nos quase três anos de sua implantação. Além disso, segundo o jornal, foram evitados 11 mil roubos no período.
O levantamento dividiu os dados em blocos, já que as UPPs foram inauguradas em anos diferentes. Nas áreas de influência das quatro primeiras UPPs (Dona Marta, Pavão-Pavãozinho/Cantagalo, Cidade de Deus e Batam), os assassinatos caíram pela metade: de 216 em 2008 para 114 em 2010, uma redução de 47%.
No segundo bloco, das UPPs inauguradas em 2010 (Turano, Providência, Borel, Formiga, Salgueiro, Andaraí e Tabajaras), os homicídios caíram 62% (de 84 para 32), quando se comparam os primeiros seis meses de 2009, ano anterior à implantação das unidades, com o mesmo período deste ano. Como as três UPPs de 2011 são muito recentes (Coroa-Fallet-Fogueteiro, Escondidinho-Prazeres, São João-Matriz-Quieto), só os dados de homicídios e roubos deste ano foram usados.
De acordo com o jornal, a ocupação de territórios antes dominados pelo tráfico representou uma mudança de comportamento dos moradores. Dados do Disque-Denúncia mostram que houve uma brusca alteração no ranking de preocupações dos moradores dessas comunidades, de forma que os denunciantes, em vez de se queixarem da violência de traficantes, ligam para reclamar do lixo e do barulho.
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