O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu neste domingo (31) que o presidente da Síria, Bashar al Assad, interrompa a ofensiva militar contra os manifestantes, a qual deixou cerca de 140 mortos somente neste domingo. "O secretário-geral está muito preocupado com as informações da Síria de que centenas de manifestantes foram assassinados em Hama (centro) e em outros povoados e cidades do país", disse o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.
Ao menos 100 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas durante uma ofensiva do Exército em Hama, cidade rebelde do centro da Síria, em um dos "dias mais sangrentos" desde o início da revolta contra o regime, segundo ativistas.
Segundo o porta-voz da ONU, Ban "condena com firmeza o uso da força contra a população civil e pede ao governo da Síria que detenha a violenta ofensiva de uma vez".
Mais cedo, o presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, também já havia condenado o ataque do regime sírio, pedindo que Damasco começasse uma transição do poder. "Condeno a intervenção militar em Hama e em outras cidades (...). A matança deve cessar agora e o regime deve começar a transferir o poder", afirmou Buzek em comunicado.
"A utilização de armas pesadas e a matança de civis inocentes não pode se justificar. O regime sírio e a hierarquia militar tem que compreender isso", completou.
O presidente do Parlamento Europeu é o primeiro responsável das instituições da UE a reagir.
Repressão
Ao menos cem pessoas morreram neste domingo (31) e dezenas de outras ficaram feridas, segundo militantes dos direitos humanos, em uma importante ofensiva do exército em Hama, cidade rebelde do centro da Síria que o regime do presidente Bashar al Assad tenta derrotar há várias semanas.
O exército ainda teria matado três manifestantes próximo à principal mesquita da cidade de Deraa neste domingo (30), de acordo com relatos de ativistas ouvidos pela agência Reuters. Eles protestavam contra o ataque a civis em Hama.
Centenas de pessoas estavam reunidas em Deraa, no sul do país, em apoio aos moradores de Hama, quando foram reprimidas pelas forças de segurança.
Mais cedo, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que está espantado com o uso de violência, pelo governo da Síria. Obama também prometeu trabalhar para isolar o presidente sírio, Bashar al Assad.
"Os relatos vindos de Hama são horripilantes e demonstram o real caráter do regime sírio", disse Obama em comunicado divulgado pela Casa Branca.
"A Síria vai ser um lugar melhor quando uma transição democrática for realizada. Nos próximos dias, os EUA vão continuar aumentando a pressão sobre o regime sírio, e trabalhando com outros ao redor do mundo para isolar o governo Assad e garantir o povo sírio
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