Obama anuncia acordo para elevar teto da dívida americana
O presidente americano, Barack Obama, anunciou na noite deste domingo um acordo com líderes republicanos e democratas sobre o aumento do teto da dívida pública dos Estados Unidos e para evitar que o país não tenha como cumprir com todas as suas obrigações financeiras.
Em um pronunciamento rápido, Obama afirmou que o processo para fechar o acordo bipartidário foi "bagunçado e levou muito tempo", mas agradeceu aos líderes políticos republicanos e democratas por terem se comprometido.
Impasse nos EUA
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O presidente também agradeceu ao povo americano pelos "vozes, e-mails, twitts" que pressionaram os políticos.
Obama também afirmou que este acordo vai permitir que os Estados Unidos paguem suas dívidas além de criar empregos no futuro e vai encerrar "a crise que Washington impôs ao resto dos Estados Unidos".
O presidente disse que este acordo vai reduzir em cerca de US$ trilhão os gastos nos próximos dez anos.
O acordo será apresentado ao Senado e à Câmara dos Representantes nesta segunda-feira.
Caso o impasse do teto da dívida não seja resolvido até 2 de agosto, os EUA não terão como cumprir com todas as suas obrigações financeiras, o que pode forçar uma moratória com prováveis impactos na economia mundial.
Otimismo cauteloso
Democratas e republicanos demonstravam um otimismo cauteloso no domingo sobre as chances de chegar a um acordo sobre o aumento do teto da dívida pública dos Estados Unidos antes da próxima terça-feira, na tentativa de evitar uma moratória.
O líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell disse que os dois partidos estavam "muito perto" de fecharem um acordo que elevaria o teto da dívida dos EUA – atualmente em US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) – em US$ 3 trilhões, após conversas com o vice-presidente Joe Biden.
O senador democrata Richard Durbin também falou que havia "um sentimento mais positivo" sobre a questão.
Mas os democratas e a Casa Branca alertaram que ainda era preciso que os dois lados concordassem a respeito de alguns detalhes.
As negociações pareciam ter progredido um pouco, quando o Senado rejeitou por uma diferença pequena de votos a proposta do líder da maioria democrata, Harry Reid, que também era apoiada por Barack Obama.
A proposta previa cortes cortes orçamentários de US$ 2,2 trilhões e o aumento o teto da dívida em US$ 2,7 trilhões, o que faria com que o assunto não precisasse ser discutido novamente até depois das eleições de 2012.
A derrota desta proposta abriu o caminho para uma proposta bipartidária que provavelmente terá elementos do plano de Reid, segundo analistas.
"O acordo que está sendo trabalhado junto com o líder dos republicanos, o governo e outros ainda não foi fechado", disse Reid no Senado depois da votação. "Estamos esperançosos e confiantes de que pode ser fechado."
Em uma entrevista ao canal de TV NBC neste domingo, o conselheiro da Casa Branca David Plouffe disse que "é preciso resolver isso logo". "Hoje é, obviamente, um dia crítico", disse.
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