- 21.fev.2016 - Papa Franciso fala aos fiéis durante a missa do Angelus, na praça São Pedro, na Cidade do Vaticano
O monsenhor espanhol Lucio Ángel Vallejo Balda admitiu o vazamento de documentos sigilosos sobre as contas do Vaticano para os jornalistas Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi, autores de livros sobre escândalos financeiros da Igreja Católica.
A confissão aconteceu nesta segunda-feira (14), durante uma das audiências do processo "Vatileaks 2". O religioso contou que dera a Nuzzi cinco páginas com 87 senhas de e-mails da Comissão de Estudos sobre as Atividades Econômicas do Vaticano (Cosea), órgão criado pelo papa Francisco em 2013 para monitorar as finanças da Santa Sé, porém já dissolvido.
"Mas eu tinha a clara sensação de que ele já as possuía", acrescentou Balda, que disse também ter sofrido muita "pressão" da consultora ítalo-marroquina Francesca Chaouqui, que trabalhava na Cosea. Os dois, ao lado do assistente do monsenhor, Luca Maio, são acusados de formação de quadrilha e "subtração e difusão de notícias e documentos reservados".
A confissão aconteceu nesta segunda-feira (14), durante uma das audiências do processo "Vatileaks 2". O religioso contou que dera a Nuzzi cinco páginas com 87 senhas de e-mails da Comissão de Estudos sobre as Atividades Econômicas do Vaticano (Cosea), órgão criado pelo papa Francisco em 2013 para monitorar as finanças da Santa Sé, porém já dissolvido.
"Mas eu tinha a clara sensação de que ele já as possuía", acrescentou Balda, que disse também ter sofrido muita "pressão" da consultora ítalo-marroquina Francesca Chaouqui, que trabalhava na Cosea. Os dois, ao lado do assistente do monsenhor, Luca Maio, são acusados de formação de quadrilha e "subtração e difusão de notícias e documentos reservados".
ITALIANOS CONSIDERAM PROCESSO "A NOVA INQUISIÇÃO"
Já Nuzzi e Fittipaldi respondem apenas pela difusão desses arquivos, tida pelo Vaticano como ilegal. Segundo Balda, ele temia Chaouqui porque ela havia lhe dito que era a "número 2 dos serviços secretos italianos".
A audiência durou cerca de três horas e será retomada nesta terça-feira (15). Ao sair do tribunal vaticano, Fittipaldi afirmou que a sessão havia sido "muito tensa". O jornalista é autor de "Avarizia" (Avareza), livro que, baseado em documentos confidenciais, traça os primeiros mapas do império financeiro da Santa Sé e denuncia gastos luxuosos por parte de membros do clero.
Entre outras coisas, o volume conta como centenas de milhares de euros foram gastos em voos de classe executiva, roupas sob medida e móveis de luxo. Outra denúncia acusa o Instituto para as Obras de Religião (IOR) de segurar quantias destinadas a ações de caridade.
A audiência durou cerca de três horas e será retomada nesta terça-feira (15). Ao sair do tribunal vaticano, Fittipaldi afirmou que a sessão havia sido "muito tensa". O jornalista é autor de "Avarizia" (Avareza), livro que, baseado em documentos confidenciais, traça os primeiros mapas do império financeiro da Santa Sé e denuncia gastos luxuosos por parte de membros do clero.
Entre outras coisas, o volume conta como centenas de milhares de euros foram gastos em voos de classe executiva, roupas sob medida e móveis de luxo. Outra denúncia acusa o Instituto para as Obras de Religião (IOR) de segurar quantias destinadas a ações de caridade.
Já o outro repórter acusado, Gianluigi Nuzzi, é autor de "Via Crucis", que relata os duros ataques de Francisco contra os dirigentes que comandaram as finanças da Santa Sé nos anos anteriores à sua chegada ao poder. "Os custos estão fora de controle", "Há armadilhas" e "Se não sabemos cuidar do dinheiro, como cuidaremos da alma dos fiéis?" são algumas das frases atribuídas a Jorge Bergoglio.
O episódio fez com que o menor país do mundo revivesse o clima do "Vatileaks" de 2012, quando arquivos sigilosos foram levados à imprensa e abalaram o pontificado de Joseph Ratzinger. O escândalo teve como pivô o mordomo de Bento 16, Paolo Gabriele.
O episódio fez com que o menor país do mundo revivesse o clima do "Vatileaks" de 2012, quando arquivos sigilosos foram levados à imprensa e abalaram o pontificado de Joseph Ratzinger. O escândalo teve como pivô o mordomo de Bento 16, Paolo Gabriele.
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