Comunidades do Rio localizadas em áreas de risco de desabamentos em caso de chuvas fortes contam desde 2011 com um sistema de alerta, como monitoramente de agentes comunitários e sirenes para aviso da população.
Se o céu se cobre de nuvens pesadas, como no sábado (12), quando um forte temporal deixou a cidade em estágio de crise, as sirenes instaladas em comunidades áreas de risco ficam à espera do sinal, vindo do Centro de Operações da prefeitura.
Se a previsão é de tempestade, começa o processo de alerta. Os agentes comunitários recebem mensagens por celular e começam a agir, conforme mostrou o RJTV. São 163 sirenes instaladas em 105 comunidades do Rio.
O sistema de alerta usa três sinais sonoros. O primeiro é uma mensagem preventiva. Com a chuva forte, o segundo sinal é de mobilização para que os moradores procurem locais seguros ou pontos de apoio. Quando a chuva melhora e não há mais risco para os moradores, soa a terceira sirene para desmobilização.
"Se a sirene está ticando deixe a sua casa, vá para um local seguro ou para o ponte de apoio e aguarde a chuva passar", disse Marcos Motta, sub-secretário da Defesa Civil do Rio.
Segundo a Defesa Civil, os dois homens morreram na Chácara do Céu, em Santa Teresa, no sábado (12), quando um temporal deixou a cidade em estado de crise. De acordo com a Defesa Civil, os homens não seguiram as recomendações de segurança.Desde a instalação em 2011 do sistema de alerta e alarme do Centro de Operações da prefeitura em comunidades em áreas de risco para desabamentos em caso de chuva forte, foi a primeira vez que houve mortes por causa de deslizamentos em uma comunidade do Rio, conforme mostrou o RJTV.
Durante a chuva de sábado as sirenes foram acionadas em 40 comunidades, principalmente no entorno do Maciço da Tijuca, que engloba Zona Sul, Zona Norte e Centro da cidade.
No plano de metas anunciado pela prefeitura em 2012, o município se comprometia a tirar todas as pessoas das áreas de risco até o fim de 2016. Na atualização do plano, divulgado há duas semanas, a prefeitura reviu a própria meta e disse que os 25 mil moradores que vivem hoje em áreas de risco só devem ganhar casas em locais seguros até 2035.
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