O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu na tarde desta quinta-feira (17) a criação de uma frente internacional unida em defesa da colega brasileira, Dilma Rousseff, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Levantemos a voz da solidariedade Mundial com Dilma e Lula diante do golpe midiático-judicial no Brasil", escreveu em sua conta no Twitter.
"Que o movimento popular e democrático da nossa América se eleve para enfrentar o golpe. É tempo de luta!", disse Maduro, em mensagem postada em espanhol e inglês.
AFP | ||
O presidente venezuelano Nicolás Maduro (no centro, de azul) |
O pronunciamento ecoa o discurso da mídia estatal, que vem retratando a crise no Brasil como um suposto ataque da direita e das oligarquias contra os "interesses do povo". Esse posicionamento evidencia a preocupação de Caracas com a possibilidade de queda do governo petista.
Além dos laços econômicos estreitos, que permitem à Venezuela manter investimentos e importações de alimentos do Brasil apesar das dificuldades de pagamento, o governo brasileiro é visto por Caracas como um aliado político imprescindível, apesar das recentes críticas do Itamaraty contra abusos do chavismo.
Na direção oposta à de Maduro, a ala mais dura da oposição venezuelana comemora o aumento da pressão contra o governo petista.
"A esta hora, milhares de pessoas protestam nas ruas de várias cidades do Brasil. A indignação diante da mentira não cresce apenas na Venezuela", escreveu, também no Twitter, a ex-deputada Maria Corina Machado.
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