Surpreendente é o termo apropriado para definir o
comportamento dos jornalistas Willian Bonner e
Patrícia Poeta na condução da entrevista feita
na noite de ontem com o candidato à presidência
da república pelo PSB, o pernambucano Eduardo
Campos no Jornal Nacional. É que esses dois
apresentadores do telejornal de maior audiência
da televisão brasileira, de maneira segura, como
é de se esperar de profissionais dos seus níveis,
demoliram a imagem desse político nordestino ao
questionarem Eduardo Campos sobre procedimentos
nada éticos, como se articular com Lula para eleger
a sua mãe, a ex-deputada federal Ana Arraes para o
TCU e, outros dois parentes seus para o Tribunal
de Contas do Estado (TCE), durante a sua gestão
no governo do estado de Pernambuco.
Outra pergunta embaraçosa foi feita por Patrícia Poeta:
“O senhor foi colaborador próximo de Lula. Era ministro
em 2005, quando estourou o mensalão. Afastou-se de
Dilma Rousseff só em setembro de 2013, na ante-sala
da sucessão. Tudo isso é ambição de ser presidente?”.
“Não se trata de ambição. Se trata de um direito”, reagiu
o entrevistado. “Numa democracia, qualquer partido pode
lançar um candidato, pode divergir. Porque você apoiou,
você não está condenado a apoiar quando você já não
acredita, quando você já não vê, não se representa
naquele governo.”
“O senhor foi colaborador próximo de Lula. Era ministro
em 2005, quando estourou o mensalão. Afastou-se de
Dilma Rousseff só em setembro de 2013, na ante-sala
da sucessão. Tudo isso é ambição de ser presidente?”.
“Não se trata de ambição. Se trata de um direito”, reagiu
o entrevistado. “Numa democracia, qualquer partido pode
lançar um candidato, pode divergir. Porque você apoiou,
você não está condenado a apoiar quando você já não
acredita, quando você já não vê, não se representa
naquele governo.”
Sem direito a replica ou treplica, o candidato do PSB
deixou para o telespectador e eleitor brasileiro a
impressão de que em matéria de comportamento
ético ele deixa muito a desejar e que ele é igual aos
demais políticos deste país.
deixou para o telespectador e eleitor brasileiro a
impressão de que em matéria de comportamento
ético ele deixa muito a desejar e que ele é igual aos
demais políticos deste país.
Willian Bonner e Patrícia Poeta estiveram irrepreensíveis.
Ponto para a democracia e para o jornalismo brasileiro.
Ponto para a democracia e para o jornalismo brasileiro.
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