O nome de Marina Silva para substituir Eduardo Campos, falecido na última quarta-feira
em um acidente de avião, na campanha para presidente da República, começa a ganhar
novos e maiores contornos. Único irmão do presidente nacional do PSB, o advogado
e escritor Antônio Carlos Campos escreveu uma carta defendendo o nome de
Marina Silva para substituir o líder político falecido.
Para Tonca, como é conhecido o irmão de Eduardo Campos, Marina Silva é a pessoa
que deve encabeçar a chapa e promover o debate no país “nesse momento difícil”.
Ele disse ter convicção que essa seria o desejo do irmão falecido.
“Externo a minha posição pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa
presidencial da coligação Unidos Pelo Brasil, liderada pelo PSB, devendo a
coligação, após debate democrático, escolher o seu nome e um vice que una a
coligação e some ao debate que o Brasil precisa fazer nesse difícil momento,
em busca de dias melhores”, escreveu o irmão de Eduardo Campos.
“Desde 2013 vinha fazendo o debate dos problemas e do momento de crise por que
passa o Brasil, querendo fazer uma discussão elevada sobre nosso país. Faleceu
em plena campanha presidencial, lutando pelos seus ideais e pelo que acreditava”,
escreveu o irmão.
Antonio Carlos lembrou que o dia de falecimento do irmão foi o mesmo do avô.
Enaltecendo as características do líder político Eduardo Campos, o irmão ressaltou:
“O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e de correr o risco
para viver os seus sonhos pessoais e coletivos”.
Em tom de apelo, o irmão de Eduardo Campos pediu para as pessoas não cultivarem
as cinzas, mas os ideais do candidato a presidente da República falecido e do
ex-governador Miguel Arraes. Até agora, porém, a ex-senadora Marina Silva
tem evitado se manifestar diante de qualquer provocação de natural eleitoral,
em respeito à memoria do amigo. Fontes políticas assinalam que ela só aceitará
falar após o sepultamento de Eduardo Campos, em princípio marcado para domingo,
em Recife.
CARTA NA ÍNTEGRA
Não vamos desistir do Brasil
A minha perda afetiva do único irmão é imensa, mas é grande a perda do líder
Eduardo Campos, político de talento e firmeza de propósitos.
A nossa família tem mais de 60 anos de lutas políticas em defesa das causas populares
e democráticas do Brasil. O meu avô Miguel Arraes foi preso e exilado, não se curvando
à ditadura militar. Eduardo Campos continuou o seu legado com firmeza de propósitos,
tendo trazido uma nova era de desenvolvimento para Pernambuco. Desde 2013
vinha fazendo o debate dos problemas e do momento de crise por que passa o Brasil,
querendo fazer uma discussão elevada sobre nosso país. Faleceu em plena campanha
presidencial, lutando pelos seus ideais e pelo que acreditava.
O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e de correr o risco para
viver os seus sonhos pessoais e coletivos. Ambos faleceram, no dia 13 de agosto, e
serão plantados no mesmo túmulo, no Cemitério de Santo Amaro, em Recife, túmulo
simples, onde consta uma lápide com a frase do poeta Carlos Drummond: “Tenho duas
mãos e o sentimento do mundo”. Essas sementes de esperança e de resistência devem
inspirar uma reflexão sobre o Brasil, nesse momento, para mudar e melhorar este país,
que enfrenta uma grave crise, sendo a principal dela a crise de valores. Não vamos
cultivar as cinzas desses dois grandes líderes, mas a chama imortal dos ideais que
os motivava.
Como filiado ao PSB, membro do Diretório Nacional com direito a voto, neto mais velho
vivo de Miguel Arraes, presidente do Instituto Miguel Arraes - IMA e único irmão de
Eduardo, que sempre o acompanhou em sua trajetória, externo a minha posição
pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa presidencial da coligação Unidos
Pelo Brasil, liderada pelo PSB, devendo a coligação, após debate democrático,
escolher o seu nome e um vice que una a coligação e some ao debate que o Brasil
precisa fazer nesse difícil momento, em busca de dias melhores. Tenho convicção
que essa seria a vontade de Eduardo.
Agradeço, em nome da minha família enlutada, as mensagens do povo brasileiro e
de outras nacionalidades.
Antônio Campos
advogado e escritor
em um acidente de avião, na campanha para presidente da República, começa a ganhar
novos e maiores contornos. Único irmão do presidente nacional do PSB, o advogado
e escritor Antônio Carlos Campos escreveu uma carta defendendo o nome de
Marina Silva para substituir o líder político falecido.
Fábio Rodrigues PozzebomAtual candidata a vice, Marina Silva tem se recusado a qualquer conversa sobre a nova chapa
Para Tonca, como é conhecido o irmão de Eduardo Campos, Marina Silva é a pessoa
que deve encabeçar a chapa e promover o debate no país “nesse momento difícil”.
Ele disse ter convicção que essa seria o desejo do irmão falecido.
“Externo a minha posição pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa
presidencial da coligação Unidos Pelo Brasil, liderada pelo PSB, devendo a
coligação, após debate democrático, escolher o seu nome e um vice que una a
coligação e some ao debate que o Brasil precisa fazer nesse difícil momento,
em busca de dias melhores”, escreveu o irmão de Eduardo Campos.
- Ele começou a carta dizendo que havia perdido não apenas o irmão, mas um líder
- político de talento e firmeza de propósito. “A nossa família tem mais de 60 anos
- de lutas políticas em defesa das causas populares e democráticas do Brasil”,
- disse Antonio Carlos Campos, lembrando a trajetória do avô Miguel Arraes,
- que foi preso e exilado. Ele disse que Eduardo Campos continuou o legado
- e trouxe uma nova era de desenvolvimento para o Estado de Pernambuco.
“Desde 2013 vinha fazendo o debate dos problemas e do momento de crise por que
passa o Brasil, querendo fazer uma discussão elevada sobre nosso país. Faleceu
em plena campanha presidencial, lutando pelos seus ideais e pelo que acreditava”,
escreveu o irmão.
Antonio Carlos lembrou que o dia de falecimento do irmão foi o mesmo do avô.
Enaltecendo as características do líder político Eduardo Campos, o irmão ressaltou:
“O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e de correr o risco
para viver os seus sonhos pessoais e coletivos”.
Em tom de apelo, o irmão de Eduardo Campos pediu para as pessoas não cultivarem
as cinzas, mas os ideais do candidato a presidente da República falecido e do
ex-governador Miguel Arraes. Até agora, porém, a ex-senadora Marina Silva
tem evitado se manifestar diante de qualquer provocação de natural eleitoral,
em respeito à memoria do amigo. Fontes políticas assinalam que ela só aceitará
falar após o sepultamento de Eduardo Campos, em princípio marcado para domingo,
em Recife.
CARTA NA ÍNTEGRA
Não vamos desistir do Brasil
A minha perda afetiva do único irmão é imensa, mas é grande a perda do líder
Eduardo Campos, político de talento e firmeza de propósitos.
A nossa família tem mais de 60 anos de lutas políticas em defesa das causas populares
e democráticas do Brasil. O meu avô Miguel Arraes foi preso e exilado, não se curvando
à ditadura militar. Eduardo Campos continuou o seu legado com firmeza de propósitos,
tendo trazido uma nova era de desenvolvimento para Pernambuco. Desde 2013
vinha fazendo o debate dos problemas e do momento de crise por que passa o Brasil,
querendo fazer uma discussão elevada sobre nosso país. Faleceu em plena campanha
presidencial, lutando pelos seus ideais e pelo que acreditava.
O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e de correr o risco para
viver os seus sonhos pessoais e coletivos. Ambos faleceram, no dia 13 de agosto, e
serão plantados no mesmo túmulo, no Cemitério de Santo Amaro, em Recife, túmulo
simples, onde consta uma lápide com a frase do poeta Carlos Drummond: “Tenho duas
mãos e o sentimento do mundo”. Essas sementes de esperança e de resistência devem
inspirar uma reflexão sobre o Brasil, nesse momento, para mudar e melhorar este país,
que enfrenta uma grave crise, sendo a principal dela a crise de valores. Não vamos
cultivar as cinzas desses dois grandes líderes, mas a chama imortal dos ideais que
os motivava.
Como filiado ao PSB, membro do Diretório Nacional com direito a voto, neto mais velho
vivo de Miguel Arraes, presidente do Instituto Miguel Arraes - IMA e único irmão de
Eduardo, que sempre o acompanhou em sua trajetória, externo a minha posição
pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa presidencial da coligação Unidos
Pelo Brasil, liderada pelo PSB, devendo a coligação, após debate democrático,
escolher o seu nome e um vice que una a coligação e some ao debate que o Brasil
precisa fazer nesse difícil momento, em busca de dias melhores. Tenho convicção
que essa seria a vontade de Eduardo.
Agradeço, em nome da minha família enlutada, as mensagens do povo brasileiro e
de outras nacionalidades.
Antônio Campos
advogado e escritor
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