A data do possível, porém improvável impacto, é 16 de março de 2880.
Os pesquisadores, que estudam a rocha, dizem que ela gira tão rápido que deveria
ter se quebrado, mas por uma estranha razão permanece intacta em sua trajetória
em direção ao planeta Terra.
Astrônomos acreditam que ela permaneça sólida por forças de coesão, conhecidas
como Van der Waals. Embora isso seja um grande avanço na pesquisa sobre
os asteroides, os cientistas admitiram que não sabem ainda como pará-lo
ou desviá-lo.
A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade do Tennessee.
Pesquisas anteriores mostraram que asteroides são, na verdade, diversas
“pilhas” de material rochoso soltos, porém unidos fortemente pela gravidade
e pelo atrito. No entanto, a pesquisa da universidade mostrou que o asteroide
denominado 1950 DA gira tão rápido que desafia essas forças.
Com 1.000 metros de diâmetro, ele gira rápido demais para seu tamanho. Esse
ritmo deveria fazer a rocha se despedaçar, mas ela não demonstra nenhum sinal
que isso irá ocorrer.
Com base nos dados que os cientistas conseguiram coletar, até o momento,
a chance de impacto com a Terra é de 1 em 300, algo assustadoramente
considerável, tornando-se uma chance real de colisão.
“Nós descobrimos que 1950 DA está girando mais rápido do que o limite de
ruptura para sua densidade. Então, se apenas a gravidade estivesse segurando
este monte de pedras em conjunto, como geralmente se supõe, elas voariam
uma das outras. Portanto, forças de coesão devem estar segurando-as”, disse
Joshua Emery, professor assistente no Departamento deCiências da Terra
e Planetária da universidade.
Na verdade, sua rotação é tão rápida que em seu equador ele tem a chamada
‘gravidade negativa’. Se um astronauta tentasse ficar em sua superfície, seria
sumariamente arremessado para o espaço.
Algumas teorias acreditavam que os asteroides pudessem ter forças de coesão,
mas até o momento isso não havia sido observado em nenhum. O estudo sobre
1950 DA foi publicado na revista Nature, despertando um interesse maciço dos
cientistas em encontrar maneiras potenciais para defender a Terra.
O asteroide em questão poderá ser observado com mais detalhes a partir de 2032.
Apesar do certo receio, existem vários aspectos que podem alterar sua trajetória
: taxa de rotação, composição química, massa, interações gravitacionais com outros
pequenos objetos cósmicos, etc.
Além disso, o chamado efeito Yarkovsky – uma pequena força, porém importante,
que age sobre os asteroides – poderia nos salvar. Essa força é um tipo de
“empurrão” térmico. Ao receber energia solar, o asteroide acaba liberando
um pouco dessa energia para o espaço, o que pode mudar ligeiramente
seu percurso que, ao longo de centenas de anos, fará um desvio considerável
de sua rota.
Saiba mais!
O asteroide 1950 DA viaja a mais de 15 km por segundo e gira uma vez a cada
duas horas e seis minutos.
Os cálculos preliminares mostram que, se o impacto ocorrer, ele deve cair no
Oceano Atlântico a 6,1 milhões de Km/h, o que geraria um impacto de 44.800
megatoneladas de TNT.
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