Jornal do Brasil
Os soldados Renato Ferreira Leite, Anderson Farias da Silva, Gabriel Machado Mantuano e Wellington de Cássio Costa Fonseca, lotados na 2ª Unidade de Polícia Pacificadora do Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, foram expulsos da corporação, após serem apontados como suspeitos de crime de violência sexual contra duas mulheres e uma adolescente na comunidade do Jacarezinho na madrugada do dia 5 de agosto. O afastamento dos PMs foi anunciado pela Polícia Militar neste domingo (31/8). Os agentes foram denunciados pelo Ministério Público do Rio pelo estupro das moradoras da comunidade.
"A conduta grave desses policiais militares, em desacordo com os ensinamentos recebidos durante a formação, atentou contra o sentimento de dever e decoro da classe. A ocorrência deste crime, por agentes garantidores da lei, é inadmissível", destaca a nota enviada pela PM comunicando a decisão.
Para o promotor Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, da 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria da Justiça Militar, os policiais acusados demonstraram um comportamento violento e personalidade distorcida, representando risco à ordem pública. O parecer do promotor consta na denúncia encaminhada por ele ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), no dia 15 de agosto. Os três agentes foram presos um dia após o suposto crime, que teve registro na 25ª DP (Engenho Novo).
As vítimas prestaram depoimento e apontaram o policial Anderson Farias da Silva, de 33 anos, como "o mais agressivo". O PM teria dito a elas durante o crime: "vocês hoje vão ver o capeta". O caso teria sido confirmado pelo PM Wellington de Cássio Costa Fonseca, de 30 anos, em seu depoimento. Fonseca teria revelado que os PMs acusados participaram de uma operação no Jacarezinho e durante uma perseguição a um grupo de usuário de crack, nas proximidades da Avenida Dom Helder Câmara, pediram para os moradores de um dos becos abandonarem as suas casa para uma revista. As três mulheres foram obrigadas a retornar para uma das residências e violentadas pelos PMs. Gabriel Machado Mantuano e Anderson Farias teriam praticado a violência sexual, enquanto Renato Leite iluminava o local com a lanterna de um celular.
Nenhum comentário:
Postar um comentário