Vírus não era visto no país há 28 anos e preocupa autoridades da saúde
Onze casos de dengue tipo 4 foram registrados no município de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, segundo informou nesta segunda-feira (31) a Secretaria Municipal de Saúde de Niterói.
Cinco casos ocorreram no bairro Cafubá, três em São Domingos, dois em São Francisco e um no Engenho do Mato. Os primeiros contaminados foram detectados no começo de 2011, quando duas irmãs, de 21 e 22 anos, apresentaram os primeiros sintomas no dia seis de março.
Na ocasião, como nenhuma das duas pacientes viajou recentemente, a investigação preliminar dos casos apontou para possível transmissão autóctone (de origem na cidade).
No entanto, a Secretaria Municipal de Niterói informou que a investigação realizada até o momento não permite afirmar que exista relação entre os casos ou que os mesmos sejam autóctones.
A dengue tipo 4 não era registrada no Brasil há 28 anos, mas voltou a circular em agosto de 2010, primeiramente na região Amazônica. Isso serviu de alerta para as autoridades de saúde, pois boa parte da população brasileira, em especial crianças e jovens, não tem imunidade contra esse vírus.
Outro vírus que retornou ao Estado dói o tipo 1, que não era detectado desde meados da década de 1980, mas reapareceu em 2010 em diversas regiões do Estado. Com isso, jovens, crianças e adolescentes, que nasceram após esse período, não têm imunidade ao vírus, ficando mais suscetíveis à doença.
Há menos de um mês, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que a circulação no Brasil do subtipo 4 do vírus da dengue e o retorno do subtipo 1 podem aumentar o número de casos graves da doença neste verão, período que historicamente o Brasil (e principalmente o Rio de Janeiro) registra a maior quantidade de casos.
A disseminação do vírus da dengue entre a população jovem com a volta do vírus tipo 1 e do tipo 4 no Estado do Rio de Janeiro tem preocupado as autoridades de saúde, segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe
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