MOBILIZAÇÃO
País realiza ações para lembrar o combate ao AVC
No domingo (30), será realizada uma caminhada, no Parque da Cidade, em Brasília, para lembrar a necessidade da prevenção contra os acidentes vasculares cerebrais
O Brasil está mobilizado contra o AVC (Acidente Vascular Cerebral). Aproximadamente 50 cidades – incluindo capitais – em 22 estados estão, desde o último domingo (23), realizando ações preventivas e de esclarecimento à população sobre a doença. Também estão sendo realizadas ações na rede sociais. A mobilização será encerrada neste sábado (29), Dia Mundial do AVC.
De acordo com o secretário de Atenção à Saúde (SAS), Helvécio Miranda Magalhães, os chamados acidentes vasculares cerebrais são uma das principais de mortalidade e de sequelas no Brasil. “Esse conjunto de doenças exige o enfrentamento por parte do Ministério da Saúde, estados e municípios, além da mobilização da sociedade civil. É importante que a população faça atividade física, controle a hipertensão, o peso, entre outros cuidados”, afirma o secretário.
No Distrito Federal, vários profissionais de saúde e de educação física realizam a partir de hoje - até domingo - atividades para orientar sobre a prevenção contra a doença. Haverá ainda o ciclo de palestras, a partir das 19h, no auditório Tancredo Neves do Hospital de Base.
Nesta sexta-feira (28), os profissionais de saúde esclareceram dúvidas da população, no período da manhã, na Rodoviária do Plano Piloto e divulgar formas de prevenção ao AVC. E no domingo (30), será realizada uma Caminhada Nacional do AVC, no Parque da Cidade, em Brasília.
Ações – Em agosto deste ano, o Ministério da Saúde lançou o Plano de Ações para Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), que foi construído em parceria com diferentes setores do governo e da sociedade civil. O plano prevê um conjunto de medidas para reduzir em 2% ao ano a taxa de mortalidade prematura por enfermidades como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
A taxa de mortalidade prematura – até os 70 anos - por este tipo de doença é de 255 a cada grupo de 100 mil habitantes. Com a proposta, espera-se chegar a taxa de 196 por 100 mil habitantes em 2022.
O Plano, que reúne ações para os próximos dez anos, é a resposta brasileira a uma preocupação mundial: estima-se que 63% das mortes no mundo, em 2008, tenham ocorrido por DCNT; um terço delas em pessoas com menos de 60 anos de idade.
Medidas – E em setembro, o Ministério anunciou uma série de medidas para enfrentamento às doenças crônicas não transmissíveis que impactam no cuidado ao Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Essa é a principal causa de mortes atualmente no Brasil, juntamente com Acidente Vascular Cerebral (AVC). As ações que estão em consulta pública, prevêem várias medidas como inclusão de medicamentos, instalação de UTIs específicas em todas as regiões do país até a ampliação de unidades com leitos aos pacientes de síndromes coronarianas. Esta consulta pública será encerrada nesta sexta-feira (28).
A doença - Quanto mais rápido o tratamento, maior a chance de recuperação completa da pessoa que sofre um AVC. Por isso, a doença é uma urgência médica e, como tal, deve ser priorizado em todos os níveis de atenção. O AVC tem diferentes causas variadas: malformação arterial cerebral (aneurisma), hipertensão arterial, cardiopatia e tromboembolia.
O diagnóstico é obtido por meio de exames de imagem, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Esses testes permitem ao médico identificar a área do cérebro afetada e o tipo de AVC. As doenças cerebrovasculares – grupo no qual está incluído o Acidente Vascular Cerebral (popularmente conhecido como derrame) – representam a principal causa de morte no país.
Por Ubirajara Rodrigues e Izabel Bacelar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário