Psicólogos ainda se dedicam intensamente a estudar o comportamento de excessivo amor-próprio, que recebeu o popular nome de narcisismo. Conhecido como uma condição na qual a pessoa está sempre se sentindo bem consigo mesma, o narcisismo pode na verdade esconder justamente o contrário.
É o que afirmam pesquisadores da Universidade do Oeste da Carolina (Carolina do Norte, EUA). Eles explicam, de início, que nem sempre o narcisismo tem a mesma “gravidade” em todas as pessoas: enquanto não passa de uma característica da personalidade em algumas pessoas, essa condição pode ser considerada um dano à saúde psicológica em outras.
O experimento dos pesquisadores, para chegar a respostas sobre narcisismo, foi o seguinte: eles reuniram 71 estudantes, todas mulheres, da Universidade do Sul do Mississippi (EUA). A cada uma, entregaram um questionário com perguntas relacionadas a autoestima e narcisismo.
Na segunda etapa, as voluntárias passaram por um teste oral. O “interrogatório” foi feito enquanto elas estavam ligadas a um detector de mentiras, mas para algumas delas foi dito que o detector era apenas um teste, e que ele seria desligado antes do diálogo começar. As participantes respondiam com “sim” ou “não” frases de cunho pessoal, sobre o quanto elas se sentiam bem consigo próprias em determinadas situações.
O resultado surpreendeu os pesquisadores. Entre as voluntárias que retrataram baixo narcisismo, no questionário escrito, o fato de o detector de mentiras estar ligado ou não foi algo insignificante, que não fez diferença. Ou seja, elas foram sinceras o tempo todo.
As voluntárias que se declararam narcisistas no teste escrito, no entanto, deram mais respostas “positivas” (em que mostraram amor-próprio) quando achavam que o detector de mentiras estava desligado. Isso indica que talvez estivessem simulando se sentir bem, quando na verdade encobrem falta de autoestima, em maior ou menor escala.
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