Segundo um novo estudo, consumidores que se sentem impotentes socialmente escolhem porções extragrandes de comida em um esforço para aumentar a sua posição social aos olhos dos outros.
Pesquisadores franceses e americanos realizaram várias experiências para ver por que as pessoas de menor posição social tomam decisões tão precárias de saúde, selecionando porções maiores de alimentos.
“Uma tendência em curso no consumo de alimentos é os consumidores comerem cada vez mais”, escreveram os pesquisadores. “O aumento no consumo de alimentos é particularmente prevalente entre as populações vulneráveis, tais como consumidores de menor status socioeconômico”.
Os cientistas observaram que as normas culturais associam alguns itens maiores, como casas, veículos ou TVs de tela plana, com riqueza, sucesso e status social elevado.
Se os consumidores se sentem infelizes com seu status, eles podem tomar essa crença e aplicá-la aos alimentos. Ou seja, estes consumidores podem tentar compensar seu menor status percebido pela sociedade, mostrando aos outros que eles podem se dar ao luxo de comprar os tamanhos maiores de comida – um McMansão.
Em um dos experimentos, os participantes perceberam que os consumidores que compraram um café grande tinha um status mais elevado do que aqueles que escolheram cafés médios ou pequenos, mesmo quando o preço de todos os tamanhos era o mesmo.
Outra experiência mostrou que os consumidores que se sentiram impotentes escolhiam pedaços maiores de bagels (pães) do que os participantes que não se sentiam impotentes. Consumidores de baixo status também tendiam a escolher bebidas maiores quando estavam em um evento social, do que quando compravam a bebida sozinhos.
Sendo assim, os cientistas concluíram que o tamanho das porções tende a afetar negativamente o consumidor de baixo status, que vai procurar sempre compensar sua posição social com comida.
No entanto, os pesquisadores descobriram que aqueles que compensam baixo status com itens alimentares grandes podem também ser influenciados a tomar decisões mais saudáveis quando se trata de comida.
Em outro experimento, quando os participantes foram informados de que pequenos hors d’oeuvres (aperitivos franceses) eram servidos em eventos de prestígio, eles escolheram os itens menores comida, que continham menos calorias.
“Entender e monitorar a relação de status com opções de comida é uma importante ferramenta à disposição dos políticos para combater eficazmente o consumo excessivo de alimentos”, disseram os pesquisadores.
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