sábado, 18 de janeiro de 2014

Estas abelhas cibernéticas talvez possam salvar o mundo


original
Se você acha que a imagem acima é fruto de computação gráfica, está muito enganado.
 Colado às costas desta abelha australiana está um chip RFID que pode acompanhar
 para onde ela vai, o que e quando come. Mas, calma! Em tempos de espionagem
 transatlântica, esse inseto não vai te monitorar – ao invés disso, ele pode 
salvar o planeta.
Uma das mais importantes questões ambientais da atualidade é a segurança
 alimentar. As abelhas estão bem no centro dessas preocupações. Sua população
 está diminuindo, e isto poderia significar fome para os humanos. Os insetos fertilizam
 muitas das nossas culturas de alimentos básicos, e sem sua ajuda nossas fazendas
 serão significativamente menos produtivas.Porém, mesmo com uma situação tão
 grave acontecendo, ainda se entende muito pouco sobre o que está causando uma 
desordem nas colônias de abelhas. Assim, cientistas na Austrália, comandados pelo
 brasileiro Paulo de Souza, líder científico da empresa CSIRO, decidiram monitorar 
abelhas selvagens para descobrir com quais substâncias elas estão entrando em 
contato e o que elas estão fazendo. Alguns cientistas acreditam que inseticidas estão 
causando problemas. Estes chips permitiriam aos pesquisadores ver se os insetos 
estão entrando em contato com tais substâncias ou se algo mais em seus ambientes
 está causando os problemas.
Mais de 5 mil abelhas em Hobart, na Austrália, foram equipadas com os sensores 
de RFID, que transmitem dados a gravadores colocados em torno de colmeias e fontes
 alimentares conhecidas que, por sua vez, enviam as informações para um local central.
 Isso permitirá aos pesquisadores construir um modelo de quatro dimensões do
 comportamento e dos movimentos das abelhas.
As abelhas são insetos sociais que retornam ao mesmo ponto e operam em um horário 
muito previsível. Qualquer mudança em seu comportamento indica uma mudança em seu
 ambiente. Ao modelar os seus movimentos, os cientistas esperam reconhecer
 rapidamente quando a sua atividade apresentar alguma variação e identificar a causa.
Os sensores são capazes de gerar energia a partir do bater de asas dos insetos, o que
 dá a eles potência suficiente para transmitir informações em vez de apenas armazená-las
 até que atinjam um registrador de dados.
Este é um daqueles momentos fascinantes quando você percebe que há, na verdade,
 um bom uso para a vigilância onipresente. Ela pode nos ajudar a identificar os
 problemas no meio ambiente, e, com alguma esperança, corrigi-los antes que eles 
saiam do controle. [io9ABC]

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