domingo, 9 de fevereiro de 2014

Jardim zoológico dinamarquês abate girafa saudável


                               Animal foi morto por falta de espaço e para cumprir 
                                     as leis europeias, que proíbem a consanguinidade.

Contra muitos protestos,a administração 
do Jardim Zoológico de Copenhaga, 
na Dinamarca, avançou com a decisão
 de abater neste domingo uma girafa saudável, 
de apenas dois anos, para evitar a reprodução 
entre animais geneticamente parecidos. Nem 
uma petição online com milhares de assinaturas 
nem a disponibilidade de outros parques para 
receber o animal evitou este desfecho. A carcaça 
da girafa serviu depois de refeição para os outros
 animais do zoo.
Marius era o nome da girafa que milhares de 
pessoas tentaram salvar ao assinar a petição 
contra o seu abate. Nem a petição, nem os
 protestos à porta do jardim zoológico dinamarquês e
 nem o facto de outros responsáveis por parques 
terem demonstrado vontade em receber o animal, 
como o Yorkshire Wildfire Park, no Reino Unido, 
travaram a decisão, anunciada na semana passada.

À CNN, Bengt Holst, director científico do zoo, garantiu 
que nada se poderia fazer para evitar este desfecho, 
explicando que as girafas deste parque integram um 
“programa internacional de procriação”, que tem como 
objectivo proporcionar uma vida saudável a estes
 animais. “Isto só pode ser feito ao combinar a composição 
genética dos diversos animais com o espaço disponível… 
Quando as girafas se reproduzem como o fazem agora,
então temos inevitavelmente um problema de excedente”, acrescentou o responsável, fazendo referência à falta de 
espaço para o animal neste jardim zoológico.
Esta explicação, porém, não convence toda a gente, em 
especial as 27 mil pessoas que assinaram a petição Save Marius (Salvar Marius) e que não compreendem como 
é que o animal não viajou para outro lugar. “O jardim zoológico 
criou-o e por isso é da sua responsabilidade encontrar-lhe uma casa”, defende a autora da petição, Maria Evans. Em resposta,
 numa página de perguntas e respostas criada pelo jardim
 zoológico para este caso, os responsáveis explicam que a transferência do animal “causaria endogamia”, ou seja, uma reprodução com alta frequência de cruzamento entre animais 
que apresentam consanguinidade.
Castrar o animal ou tentar outro tipo de contraceptivo para que 
este não se viesse a reproduzir também não seria possível 
uma vez que “há um número de efeitos secundários indesejáveis nos órgãos internos”, explicou ainda Bengt Holst.
A girafa foi então abatida com um tiro, uma vez que depois 
serviu de refeição para os outros animais do jardim zoológico. 
Uma injecção letal contaminaria a carne e impediria que 
os seus restos pudessem ser dados a outros animais.

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