A China pediu hoje (21) que o presidente norte-americano, Barack Obama, cancele o encontro anunciado com Dalai Lama, líder político e espiritual dos tibetanos. O encontro entre Obama e o Dalai Lama, na Casa Branca, na capital americana, Washington, está marcado para esta sexta-feira.
"O Dalai Lama é um exilado político há muito envolvido em atividades separatistas sob a capa da religião", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Hua Chunying.
De acordo com a porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos, Caitlin Hayden, Obama irá se encontrar com o Dalai Lama na sua condição de líder religioso e cultural.
"Exortamos os Estados Unidos a terem seriamente em conta as preocupações da China, a cancelarem imediatamente o encontro e a não proporcionarem ao Dalai Lama uma plataforma para promover atividades separatistas anti-China", disse a porta-voz chinesa. Segundo ela, a China tem profunda preocupação em relação ao encontro e apresenta um solene protesto aos Estados Unidos.
O Dalai Lama, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1989, exilou-se na Índia em 1959, depois de uma rebelião frustrada contra a administração chinesa no Tibete. Situado na Cordilheira dos Himalaias, o Tibete é uma Região Autônoma da China, estatuto que partilha com quatro outras províncias chinesas, entre as quais a vizinha Xinjiang, de maioria muçulmana.
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