No ataque no Parque do Proletário, na tarde de domingo (2), além da policial morta, três pessoas ficaram feridas.
A PM do Rio fez uma operação, nesta segunda-feira (3), em busca dos bandidos que atiraram contra uma Unidade de Polícia Pacificadora. No ataque, uma policial morreu e mais três pessoas ficaram feridas.
A polícia fez buscas em doze regiões do Rio de Janeiro. Na operação, um suspeito morreu numa troca de tiros e outro ficou ferido. Quatro homens foram presos e dois adolescentes, apreendidos. Um deles tinha no pescoço uma corrente dourada com um fuzil.
Os policiais apreenderam armas e drogas. Em todas as áreas vasculhadas, atua a mesma facção criminosa que ontem atacou a base da Unidade de Polícia Pacificadora do Parque Proletário, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio.
No ataque, a soldado Alda Rafael Castilho morreu ao levar um tiro pelas costas. Segundo a polícia, os bandidos chegaram em dois carros e estavam armados de fuzis. Alda foi surpreendida pelos disparos quando entrava no contêiner. Um casal de moradores que passava por ali também foi atingido. O soldado Marcelo Gilliard foi baleado na perna dentro da base da UPP.
Ele está fora de perigo. Mas a moradora Elaine Marques foi atingida na cabeça e o estado dela é grave. O terceiro ferido, Antônio Marcos, chegou a ser internado, mas já teve alta.
Nesta segunda-feira, o policiamento foi reforçado no Parque Proletário. São 60 PMs estão de prontidão e à noite virão ainda mais. É possível ver as marcas dos tiros. Este foi o quarto ataque a áreas com UPPs em menos de uma semana.
Desde o início do processo de pacificação, há cinco anos, oito policiais já foram mortos em áreas com UPPs.
Nesta segunda, a soldado Alda foi enterrada. Ela tinha 26 anos e estudava psicologia, porque queria ajudar as crianças da comunidade. “Minha filha tem 26 anos, um futuro pela frente. Tudo o que não estudei, quis dar pra minha filha. Dignidade, pra ela ser uma pessoa de bem. Aí calaram a minha filha”, lamenta Jorge Castilho, pai de Alda.
Governador do Rio de Janeiro diz que política de pacificação não tem volta
O Jornal Nacional foi ouvir as autoridades do Rio sobre o ataque de domingo. Veja o que disseram o secretário de Segurança e o governador.
“Avisar à população que, em momento algum, nós vamos dar ré nesse processo. Nós vamos conversar. Especialmente em áreas com 100 mil habitantes, mais de 100 mil, a gente pode ter que rever algumas coisas, sim”, apontou José Mariano Beltrame, secretário de Segurança Pública – RJ.
“Essa política não tem volta. A política de pacificação hoje conta com 9 mil homens e mulheres da PM em diversas comunidades. Agora, são ações em que a polícia está permanentemente lá, se depara com marginal, o marginal atira e foge. Quem tem o controle territorial é a polícia, é o governo, é o poder público. Não mais o bandido”, afirmou Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro.
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