quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Blog do Planeta | O meio ambiente que você faz » Satélite da Nasa fotografa nuvem de poluição sobre Pequim


Acima, foto de satélite de 14 de janeiro, mostrando uma grande nuvem de poluição sobre Pequim. Abaixo, mesma região, em foto de 3 de janeiro, antes da crise na qualidade do ar no país. Divulgação/Nasa
A Nasa, a agência espacial americana, divulgou nesta terça-feira (15) duas imagens de satélites que mostram o antes e o depois de uma das piores crises de poluição em Pequim, na China. No último fim de semana, o ar de Pequim estava 30 vezes mais poluído do que o considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde.
A poluição no ar é medida pelo Índice de Qualidade do Ar. A escala desse índice vai de zero a 500, onde níveis acima de 100 são considerados poluídos, e acima de 300, extremamente perigosos para a saúde humana. No fim de semana dos dias 12-13 de janeiro, a concentração de poluentes era tão grande no ar de Pequim que as medições ultrapassaram o limite da escala, marcando incríveis 755 no índice de poluição.
A situação só deve melhorar nesta quarta-feira (16), com a previsão de ventos que devem dissipar a nuvem de fumaça. Enquanto isso, os resultados da crise ambiental na cidade já estão sendo sentidos. Nos hospitais, o número de casos de doenças respiratórias subiu 30%, segundo as agências de notícias estatais. Escolas e creches foram obrigadas a cancelar atividades ao ar livre, e fábricas diminuíram ou suspenderam a produção. Rodovias foram fechadas e voos foram cancelados por falta de visibilidade.
O principal vilão do ar de Pequim é o material particulado – um conjunto de partículas que são pequenas o suficiente para entrar nas passagens do pulmão. A maior parte do material particulado é gerada pela queima de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, e de biomassa, como queimadas em florestas e na produção agropecuária.
Não é a primeira vez que satélites detectam a poluição chinesa. Em 2011, a Nasa registrou uma nuvem de poluição com 1000 km de extensão.
(Bruno Calixto)

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