Normalmente, os balões de científicos alcançam grandes altitudes e podem viajar por milhares de quilômetros antes de voltarem ao solo, mas raramente passam de alguns dias voando. Agora, um experimento na Antártida está batendo todos os recordes e já está há 46 dias no espaço. E continua voando!
Clique para ampliar Batizada de Super-TIGER, a missão foi lançada da plataforma de gelo de Ross, na Antártida, no dia 9 de dezembro, levando a bordo um moderno detector de raios cósmicos de propriedade da Universidade de Washington. No dia 19, após completar 42 dias na estratosfera, a missão estabeleceu o recorde de longa duração para balões científicos, superando a missão anterior Cream I, que voou nos invernos de 2004 e 2005.
"Ficaremos muito contentes se o balão com o detector ficar pelo menos 30 dias no espaço", disse o principal investigador para os dados da missão, cientista W. Robert Binns, antes do balão levantar voo.
O Super-TIGER é um gigantesco balão de hélio com dezenas de metros de diâmetro e que durante esses 46 dias que está em atividade já circulou o polo sul por duas vezes e meia a uma altitude de cerca de 40 mil metros.
Dessa altitude, os equipamentos embarcados podem detectar muito mais partículas cósmicas caso estivessem na superfície, uma vez que esse tipo de partícula - vinda do espaço profundo - é normamente bloqueado pela atmosfera da Terra.
Partindo da Antártida, o balão tira proveito dos ventos que sopram no Polo Sul, os chamados vortex polares, que fazem com que o balão voe em círculo e retorne até o local de onde foi lançado, facilitando a recuperação do artefato e dos instrumentos científicos. Além disso, na Antártida o Sol nunca se põe no verão, o que ajuda a manter o balão flutuando.
"Se fizéssemos o experimento a partir do Canadá, onde estávamos acostumados a fazer, o hélio a bordo do balão resfriaria à noite e o balão desceria", disse Binns. "O único modo de mantê-lo no ar é aliviar 100 quilos de lastro, o que limita os voos a 40 horas", explicou o pesquisador.
O Super-TIGER não é o único experimento lançado nesta temporada do verão antártico. Outra missão, batizada de BLAST (Balloon-borne Large-Aperture Submillimeter Telescope) foi lançada no dia 25 de dezembro para estudar a formação de estrelas na Via Láctea, enquanto o projeto EBEX levantou voo em 19 de dezembro para pesquisar a radiação cósmica de fundo, um ruído identificado no Universo no comprimento de onda das micro-ondas que os cientistas acreditam ser a radiação remanescente do momento do Big-Bang.
Foto: No topo, imagem do balão Super-TIGER momentos antes de ser lançado da plataforma de gelo de Ross, na Antártida, no dia 9 de dezembro. Crédito: NASA/Wallops, Universidade de Washington, Apolo11.com.
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"Ficaremos muito contentes se o balão com o detector ficar pelo menos 30 dias no espaço", disse o principal investigador para os dados da missão, cientista W. Robert Binns, antes do balão levantar voo.
O Super-TIGER é um gigantesco balão de hélio com dezenas de metros de diâmetro e que durante esses 46 dias que está em atividade já circulou o polo sul por duas vezes e meia a uma altitude de cerca de 40 mil metros.
Dessa altitude, os equipamentos embarcados podem detectar muito mais partículas cósmicas caso estivessem na superfície, uma vez que esse tipo de partícula - vinda do espaço profundo - é normamente bloqueado pela atmosfera da Terra.
Partindo da Antártida, o balão tira proveito dos ventos que sopram no Polo Sul, os chamados vortex polares, que fazem com que o balão voe em círculo e retorne até o local de onde foi lançado, facilitando a recuperação do artefato e dos instrumentos científicos. Além disso, na Antártida o Sol nunca se põe no verão, o que ajuda a manter o balão flutuando.
"Se fizéssemos o experimento a partir do Canadá, onde estávamos acostumados a fazer, o hélio a bordo do balão resfriaria à noite e o balão desceria", disse Binns. "O único modo de mantê-lo no ar é aliviar 100 quilos de lastro, o que limita os voos a 40 horas", explicou o pesquisador.
O Super-TIGER não é o único experimento lançado nesta temporada do verão antártico. Outra missão, batizada de BLAST (Balloon-borne Large-Aperture Submillimeter Telescope) foi lançada no dia 25 de dezembro para estudar a formação de estrelas na Via Láctea, enquanto o projeto EBEX levantou voo em 19 de dezembro para pesquisar a radiação cósmica de fundo, um ruído identificado no Universo no comprimento de onda das micro-ondas que os cientistas acreditam ser a radiação remanescente do momento do Big-Bang.
Foto: No topo, imagem do balão Super-TIGER momentos antes de ser lançado da plataforma de gelo de Ross, na Antártida, no dia 9 de dezembro. Crédito: NASA/Wallops, Universidade de Washington, Apolo11.com.
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