domingo, 9 de setembro de 2012

Semana do Peixe: o modo de preparo do pescado pode torná-lo ainda mais saudável


Os peixes podem ser preparados de diversas maneiras, agradando a quase todos os tipos de paladares. Contudo, é fundamental que o consumidor tome alguns cuidados, que vai desde a hora da compra a forma de preparo dos pescados. A maneira de cozinhar pode diminuir o teor nutricional do peixe e aumentar o percentual de gordura, tornando-o mais calórico e menos saudável.
O peixe cozido é uma das melhores opções por não acrescentar gordura extra ao prato. No entanto, alimentos cozidos perdem as vitaminas C, que se dissolvem na água fervente. “A forma de preparo é muito importante para preservar os nutrientes. No caso dos peixes cozidos, a melhor forma para isso, é diminuir a quantidade de água, e durante o cozimento esperar ferver e só depois adicionar o alimento. Assim, as vitaminas ficam preservadas”, orienta a nutricionista do Hospital Federal do Andaraí, vinculado ao Ministério da Saúde, Loraine Ferraz.
Os peixes mais indicados para o cozimento são a tainha, truta, cação, badejo, bacalhau, pescada, linguado, salmão, robalo, merluza e cambucu. Outra forma muito saudável de preparo é cozinhar o peixe no vapor. “Esse método conserva todos os nutrientes do pescado, além de preservar a cor, aroma e a textura natural do alimento. É importante utilizar temperos naturais como limão, pimenta, salsa, alho, pouco sal e azeite”, diz. Além de saudável, o grelhado é rápido de preparo. “Basta que, antes de iniciar o preparo, a grelha ou panela de teflon seja bem aquecida, pois as proteínas do peixe formam uma crosta que preserva os nutrientes em seu interior”, diz. O recomendado para esta forma de preparo são os peixes de consistência mais firmes como, salmão, pescada, bacalhau, atum e linguado.
Uma das vantagens de fazer o peixe assado, assim como a versão grelhada e cozida, é que não é utilizada água nem óleo no preparo. “Para evitar que o peixe fique ressacado é indicado envolvê-lo em papel manteiga para manter a textura e principalmente os nutrientes. Não se deve utilizar o papel alumínio, pois o metal do alumínio pode contaminar a preparação”. Entre os melhores peixes para assar estão salmão, o bacalhau, robalo, cambucu, tainha e peixes de água doce como dourado, pacu e pintado.
Já o pescado frito perde os nutrientes, além de ter o percentual calórico aumentado. “Os óleos submetidos a altas temperaturas se transformam em gordura trans, que fazem mal à saúde. Além disso, a fritura destrói o ômega 3, que é uma gordura extremamente saudável presente em algumas espécies de peixes”, explica Loraine Ferraz.
O cru leva vantagem comparada com as outras formas de preparo porque tem os nutrientes conservados em sua totalidade, já que não passa por nenhum tipo de cozimento, e muitos não precisam nem ser temperados, mantendo o peixe mais magro e saudável. “Na hora da escolha, opte pelo salmão, atum ou robalo. Mas é preciso cuidado na hora compra verificar a qualidade do peixe, como a cor, consistência e odor”, explica a nutricionista.
Como escolher – O momento da compra e escolha do peixe é fundamental para que sua garfada seja nutritiva, saborosa e principalmente saudável. O pescado é um alimento perecível que requer certos cuidados na hora de adquirir o produto. É preciso observar a higiene do local onde o pescado é comercializado e, principalmente, como é conservado. Se o pescado for fresco, a temperatura do balcão refrigerado deve ser inferior a 4°C. Quando for mantido em isopor deve ser lacrado, além de estar totalmente envolvido no gelo.
“O pescado fresco possibilita ao consumidor verificar a qualidade do alimento pela textura, coloração, estrutura, olhos e odor. Quando congelado é fundamental verificar a data de validade do produto, temperatura ambiente e a forma que está sendo mantido congelado”, orienta a nutricionista da Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição Ana Carolina Feldenheimer.
A nutricionista orienta que na hora da compra os peixes devem ser os últimos a entrar no carrinho, pois se deterioram com rapidez. “Caso o peixe seja consumido no mesmo dia da compra é só manter a temperatura e deixar na geladeira. Caso contrário, coloque-o no freezer”, ensina.
No caso de pescados enlatados, é preciso verificar a embalagem, que deve estar inteira, sem ferrugens, sem furos ou amassados, principalmente nas bordas. A lata não pode estar estufada.
O que observar ao comprar pescado (fresco e resfriado)
Olhos: Devem estar transparentes, salientes e brilhantes. Quando o peixe fica muito tempo no gelo, ele fica com os olhos achatados e sem brilho.
Corpo: A estrutura do peixe tem que estar bem lisa, com a pele intacta e bem aderida à carne firme, úmida e sem a presença de manchas.
Guelras: Se o peixe é comprado inteiro e fresco, deve apresentar guelras brilhantes. A cor vai do rosa ao vermelho intenso, clara e sem marcas cinzentas.
Pele: Tem que estar brilhante e úmida ao tato.
Escamas: Devem estar brilhantes e firmes, presas ao corpo, não pode soltar ao passar a mão no peixe.
Odor: O cheiro não deve ser forte ou azedo. Cheiro forte é sinal de que já passou da data de validade.
Peixe em posta: Observar se o corpo está firme, precisa ter um aspecto brilhante, com pele bem aderida, úmida e fresca.
Como comprar peixes congelados: O alimento congelado tem praticamente a mesma composição nutricional de um alimento fresco. É fundamental observar o tempo que este alimento está congelado, verificar a validade, quando foi pescado e quanto tempo ele pode ficar congelado até o consumo.
Também observar se a embalagem tem muito gelo. Caso positivo, significa que o peixe já foi descongelado, e recolocado no pacote, o que não é um bom sinal. O ideal é o pacote conter só o peixe congelado, bem fechado e lacrado.
É recomendado optar pelas embalagens transparentes que permitem analisar o produto. O peixe deve apresentar sua cor natural, característica da espécie e não apresentar manchas ou pintas. Prefira os filés e postas.
Fonte: Érica Santos / Agência Saúde

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