WASHINGTON - A Casa Branca pediu que o YouTube reavalie se o vídeo "A inocência muçulmana", postado no portal, viola ou não os termos de uso da página. O filme, de 14 minutos, é considerado o responsável por inflamar os protestos de fiéis pelo mundo árabe que acusam os EUA de terem permitido a produção insultuosa.
Tommy Vietor, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, disse que a Casa Branca entrou em contato com o YouTube para "chamar a atenção da página sobre o vídeo e pedir se eles podem reavaliar se as imagens violam a política de termos de uso". No entanto, o vídeo continua ativo no portal e já foi compartilhado para diversos outros sites.
O vídeo, que na realidade é um trailer de um filme cujos produtores afirmam ter sido criado nos EUA, está sendo citado como a causa para violentas manifestações de países no Oriente Médio, norte da África e Ásia, incluindo o Egito e o Iêmen. O secretário de Imprensa da Casa Branca, Jay Carney, disse nesta sexta-feira que investigadores americanos não têm nenhuma prova de que os protestos tenham sido causados por outra coisa senão o vídeo.
- Essas manifestações são uma resposta ao vídeo, um filme que nós julgamos como condenável e repugnante - disse Carney. - Isso não justifica de forma alguma qualquer reação violenta, mas esse não é o caso de um protesto direto contra os Estados Unidos, em um sentido amplo, ou contra a política americana. Isso acontece em resposta a um vídeo que é ofensivo para os muçulmanos. Reforço que isso não é de nenhuma forma de justificar a violência. E nós já condenamos claramente essa violência. O presidente está garantindo em suas conversas com líderes da região que eles estejam comprometidos em proteger sedes diplomáticas e proteger tanto os funcionários quanto os edifícios ou instalações que façam parte da representação americana nesses países - disse o secretário.
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