domingo, 21 de fevereiro de 2016

Aiea vai debater combate ao zika vírus em reunião no Brasil

Especialistas de vários países vão participar de encontro entre 22 e 23 de fevereiro em Brasília; anúncio foi feito pelo diretor-geral da agência da ONU, Yukyia Amano.
Yukiya Amano. Foto: Aiea/D. Calma
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, vai reunir especialistas do mundo inteiro para revisar as técnicas nucleares para controlar os mosquitos que transmitem o zika vírus, o Aedes Aegypt.
O diretor-geral da agência da ONU, Yukyia Amano, afirmou que o grupo vai participar de um encontro de dois dias, 22 e 23 de fevereiro, em Brasília.
"Inseto Estéril"
Eles vão debater a técnica chamada "inseto estéril", SIT pela sigla em inglês, para controlar a população do mosquito que transmite zika e outras doenças, como a dengue e a febre amarela.
Em entrevista exclusiva à Rádio ONU, o vice-diretor do Departamento de Ciências e Aplicações Nucleares da Aiea, Aldo Malavasi, explicou como funciona essa técnica.
“Nós criamos em laboratório milhões de insetos, nós só pegamos os machos. Nós esterelizamos ou com raios X ou com raios Gama. Quando você estereliza e você trata os insetos numa fase intermediária, que não é nem a larva nem o adulto. Quando nós tratamos a pulpa, a radiação arrebenda o material genético. Então o espermatozoide é perfeito, do ponto de vista fisiológico, mas ele tem um dano cromossômico, com isso, ele é inviável.”
O chefe da Aiea afirmou que "a agência tenta responder rapidamente a todas as crises de emergência dessa natureza".
Apoio
Amano explicou que, nas últimas semanas, vários países buscaram apoio da agência nesta área.
Na reunião em Brasília, daqui a duas semanas, os especialistas vão discutir formas sobre como a técnica do inseto estéril pode se tornar parte dos programas de controle integrado contra os mosquitos.
O zika vírus já foi detectado em 33 países. Além de representantes de várias nações, o encontro vai incluir também participantes de outras agências da ONU como a Organização para Agricultura e Alimentação, FAO.
A meta é preparar um mapa para o controle da população do Aedes Aegypt na região a curto e longo prazos. Depois disso, uma nova reunião regional será marcada para que os especialistas possam desenvolver uma agenda de implementação.
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