segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Testes da vacina contra dengue começam em voluntários em SP

Dez primeiros voluntários foram selecionados no Hospital das Clínicas de SP. Vacina é produzida com vírus geneticamente modificados.

Instituto Butantan, de São Paulo, iniciou nesta segunda-feira (22) a terceira e última fase dos testes da vacina contra a dengue. Dezessete mil pessoas vão participar em todo o país.
Uma única dose é esperança de proteção contra os quatro vírus que causam dengue. Os três primeiros voluntários receberam, nesta segunda-feira (22), a injeção sob os olhares da presidente Dilma Rousseff, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de autoridades da área da saúde.
Os dez primeiros voluntários foram selecionados no Hospital das Clínicas de São Paulo, mas 17 mil pessoas de 2 a 59 anos de idade vão participar dessa terceira fase de testes em outras 13 cidades das cinco regiões do país. Nas outras duas fases, a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan se mostrou segura e eficiente.
“Em todos os estudos que foram feitos, ela dá uma proteção para os quatro sorotipos da vacina acima de 80%, próximo de 90 e às vezes até mais de 90%. E além disso é uma só dose”, aponta Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan.
A vacina é produzida com vírus geneticamente modificados. Atenuados ou enfraquecidos eles induzem o sistema imunológico das pessoas a produzir anticorpos contra a dengue. Essa fase de testes deve durar um ano.
No contrato assinado nesta segunda-feira (22) o Governo Federal se comprometeu a investir R$ 100 milhões nos testes. O Butantan espera ainda outros 200 milhões para produzir a vacina que poderá proteger cerca de 3 bilhões de pessoas no mundo.
O Instituto Butantan recebeu ainda R$ 8,5 milhões para desenvolver um soro para tratar pacientes com vírus da zika.
“Esse é um tipo de tratamento que o Butantan vai começar a pesquisar. E a outra pesquisa é de um remédio que mate o vírus da zika. Os dois igualmente importantes porque nós conseguiríamos atuar nas mulheres gravidas principalmente tentando evitar a transmissão de mãe para filho do zika vírus”, diz David Uip, secretário estadual da Saúde-SP.

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