Não se tem mais notícia de pessoas expostas como se fossem atrações de circo, mas conceito de 'selvagens' permanece, como hotel que reproduz favela africana
Zoológicos humanos, travestidos sob o nome de "exposições étnicas", trataram seres humanos - especialmente tribos indígenas - como se fossem atrações de circo nos séculos 19 e 20.
Vários países do hemisfério norte organizaram exposições cujos "números" principais eram desempenhados por humanos apresentados como selvagens. Um dos mais chocantes foi a reprodução de uma tribo congolesa, país então colonizado pela Bélgica, durante a Feira Mundial de 1958. Cercada de brancos, crianças negras recebiam alimentos "ocidentais" como se fossem animais.
Essas exposições, na maioria das vezes, tinham por objetivo legitimar a presença de países europeus em suas colônias.
Apesar de abandonar a exposição de humanos, parques temáticos até hoje utilizam o apelo dos "selvagens" em várias atrações. No ano passado, um hotel da África do Sul apresentou como diferencial o fato de reproduzir favelas do país em seus quartos.
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