Rod Carvalho
Um tema, dois personagens marcantes, dois atores consagrados. Quando alguém cita Rocky e Jake La Motta, num piscar de olhos Sylvester Stallone e Robert De Niro surgem na nossa mente. Imaginar o encontro dos dois num mesmo ringue sempre foi algo inevitável. Porém, impossível. Primeiro porque nasceram em épocas diferentes. Segundo, um é obra da ficção e o outro de uma dura realidade. Mas, como no cinema nada é impossível, por que não brincar de faz de conta? O blogueiro do SRZD conferiu "Ajuste de Contas", que estreia nessa sexta-feira, dia 10, e deu muitas boas risadas.
Dirigido pelo mestre em comédias, Peter Segal ("Mong e Lóide", "Tratamento de Choque"), o que seria praticamente impossível se tornou realidade. Não que essa seja a do sonho de muitos cinéfilos, mas que a encomenda saiu bem a contento não podemos negar. Com idades beirando os 70 anos, Stallone e De Niro não poderiam se enfiar numa roubada de dramatizar mais ainda o que já fizeram com seus personagens icônicos no passado. A única saída que lhes restava? Tirar sarro deles mesmo. E nós agradecemos por isso.
A trama de dois famosos boxeadores que tiveram duas grandes disputas quando jovens e ficaram devendo uma terceira porque um deles resolveu se aposentar antes da esperada revanche, era o pontapé perfeito para o desenrolar de uma última luta, obviamente, três décadas depois. Com essa "desculpa" dada, os dois atores tinham o prato cheio para nos divertir com auto-referências de seus filmes clássicos. E para dar uma perfumada nessa crise de testosterona de bengala, ressurge uma bela senhora que foi a causa da richa entre os dois no passado - vivida com elegância pela exuberante Kim Basinger-. E para completar o time, ainda somos brindados com a veia cômica perfeita de Alan Arkin dando vida a um antigo treinador de Rocky, ops, Stallone.
"Ajuste de Contas" , assim como seus protagonistas, não é pra ser levado a sério. Faça como eles, "desceram" para o play, agora brinquem. Ah, e não saiam de jeito nenhum antes dos créditos finais terminarem. A cereja do bolo é um toque de mestre.
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