Na campanha eleitoral de 2010 para presidente da República eram tantas as contradições que o candidato da oposição José Serra apresentava a cada dia que, em certo momento, sua adversária a presidenta Dilma Rousseff chegou a compará-lo a biruta de aeroporto.
Nesta campanha de agora, para prefeito de São Paulo, José começa a enveredar pelo mesmo caminho.As pesqusas indicam que as duas principais causas da rejeição de 43% que ele acumula são o apoio do prefeito da capital, Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, agora PSD) - cuja administração é desaprovada por 80% dos paulistanos - e o fato dele ter abandonado a Prefeitura em 2006, antes de chegar à metade do mandato.
Até agora José tentava justificar que a renúncia à Prefeitura naquele ano não era problema, porque ele se elegeu governador em seguida com boa votação na capital. Portanto, alegava que o eleitor aprovava o abandono a que ele relegou à prefeitura. Mas, ontem, em uma entrevista ao jornal o Globo, ele mudou a desculpa e diz que sua rejeição decorre da "ideia, explorada pelos adversários, de que deixarei a prefeitura".
José agora põe a culpa por sua rejeição no PT
"Ficam (o PT) dizendo que vou sair de novo. Como eles não têm muito a dizer a meu respeito, ficam batendo na questão da saída da prefeitura, que vou sair de novo para ser candidato a presidente ou a governador", assinala o candidato.
Mas, ele não saiu? Saiu sempre. Não cumpre mandato até o fim. Eleito senador, o mandato dele foi cumprido pelo suplente, Pedro Piva, e ele ficou 8 anos ministro da Saúde e do Planejamento de FHC; disputou a prefeitura quatro vezes e na única que ganhou, renunciou 16 meses depois; governador, saiu oito meses antes do término do mandato para concorrer ao Planalto. Usa todos os cargos, sempre, como trampolim para o próximo.
Com estas declarações e comentários de agora, o candidato tucano a prefeito mostra que não tem nada a dizer. Apenas revela sua total falta de resposta. Principalmente aos 2/3 do eleitorado que, segundo as pesquisas, antecipam que não vão votar nele por desconfiar que ele vai abandonar a prefeitura de novo, caso se eleja, para sair candidato a presidente em 2014.
Errou ao abandonar a prefeitura e sair candidato - em 2006 e agora
A razão para José estar nesta situação, enrascado sem saber o que dizer e sem ter respostas convincentes às críticas, é que ele errou ao sair candidato a governador em 2006 e este ano a prefeito. Agora não sabe o que fazer.
Para se ter uma ideia do tamanho da derrota tucana que se avizinha na maior cidade do país, basta ver a pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão divulgada ontem, pela qual, num cenário de 2º turno (e ele está cada vez mais ameaçado de não chegar lá) José teria apenas 27% dos votos. Um desastre para eles.
Nesta entrevista ao O Globo José diz, ainda, que já esperava a entrada do presidente Lula na campanha eleitoral."Sim (esperava). A especialidade do Lula nunca foi governar, mas fazer campanha. Imagina se ele vai perder uma campanha!".
José talvez não se lembre, ou quem sabe repita intencionalmente mesmo, mas esse discurso é o da direita, dos conservadores, desde que o presidente Lula começou a fazer política. Eles é quem dizem que Lula, por ser um operário não podia ou não devia fazer política. Mas fez, ganhou eleições e em seus governos transformou o Brasil.
Nesta campanha de agora, para prefeito de São Paulo, José começa a enveredar pelo mesmo caminho.As pesqusas indicam que as duas principais causas da rejeição de 43% que ele acumula são o apoio do prefeito da capital, Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, agora PSD) - cuja administração é desaprovada por 80% dos paulistanos - e o fato dele ter abandonado a Prefeitura em 2006, antes de chegar à metade do mandato.
Até agora José tentava justificar que a renúncia à Prefeitura naquele ano não era problema, porque ele se elegeu governador em seguida com boa votação na capital. Portanto, alegava que o eleitor aprovava o abandono a que ele relegou à prefeitura. Mas, ontem, em uma entrevista ao jornal o Globo, ele mudou a desculpa e diz que sua rejeição decorre da "ideia, explorada pelos adversários, de que deixarei a prefeitura".
José agora põe a culpa por sua rejeição no PT
"Ficam (o PT) dizendo que vou sair de novo. Como eles não têm muito a dizer a meu respeito, ficam batendo na questão da saída da prefeitura, que vou sair de novo para ser candidato a presidente ou a governador", assinala o candidato.
Mas, ele não saiu? Saiu sempre. Não cumpre mandato até o fim. Eleito senador, o mandato dele foi cumprido pelo suplente, Pedro Piva, e ele ficou 8 anos ministro da Saúde e do Planejamento de FHC; disputou a prefeitura quatro vezes e na única que ganhou, renunciou 16 meses depois; governador, saiu oito meses antes do término do mandato para concorrer ao Planalto. Usa todos os cargos, sempre, como trampolim para o próximo.
Com estas declarações e comentários de agora, o candidato tucano a prefeito mostra que não tem nada a dizer. Apenas revela sua total falta de resposta. Principalmente aos 2/3 do eleitorado que, segundo as pesquisas, antecipam que não vão votar nele por desconfiar que ele vai abandonar a prefeitura de novo, caso se eleja, para sair candidato a presidente em 2014.
Errou ao abandonar a prefeitura e sair candidato - em 2006 e agora
A razão para José estar nesta situação, enrascado sem saber o que dizer e sem ter respostas convincentes às críticas, é que ele errou ao sair candidato a governador em 2006 e este ano a prefeito. Agora não sabe o que fazer.
Para se ter uma ideia do tamanho da derrota tucana que se avizinha na maior cidade do país, basta ver a pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão divulgada ontem, pela qual, num cenário de 2º turno (e ele está cada vez mais ameaçado de não chegar lá) José teria apenas 27% dos votos. Um desastre para eles.
Nesta entrevista ao O Globo José diz, ainda, que já esperava a entrada do presidente Lula na campanha eleitoral."Sim (esperava). A especialidade do Lula nunca foi governar, mas fazer campanha. Imagina se ele vai perder uma campanha!".
José talvez não se lembre, ou quem sabe repita intencionalmente mesmo, mas esse discurso é o da direita, dos conservadores, desde que o presidente Lula começou a fazer política. Eles é quem dizem que Lula, por ser um operário não podia ou não devia fazer política. Mas fez, ganhou eleições e em seus governos transformou o Brasil.
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