sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Orgulho e Preconceito e Zumbis mistura clássico de Jane Austen com história de monstros

(foto/divulgação)
 A mistura de clássicos consolidados da literatura com temas sobrenaturais pode parecer estranha aos desavisados. E é mesmo muito louco. Principalmente para quem nunca ouviu falar do tal mash-up, gênero que nasceu justamente para validar a iniciativa lançada com o livro Orgulho e Preconceito e Zumbis, em que o autor Seth Grahame-Smith reescreve o maior sucesso da escritora inglesa Jane Austen (1775-1817).
Nessa nova história, ele transforma as mocinhas da família Bennet em soldados implacáveis no combate aos monstros criados pela estranha epidemia que toma conta da Inglaterra vitoriana.
Depois do livro, traduzido para 17 línguas, chega agora a  versão para o cinema, dirigida por Burr Steers. E quer saber? Preciosismos à parte,  a brincadeira funciona melhor na telona do que na literatura. Os zumbis precisam ser vistos e não apenas lidos. 
Brincadeira - Antes que você comece a reclamar, saiba que a  estrutura do romance publicado em 1813 segue mantida. Elizabeth  (Lily James, de Cinderela) é uma das cinco filhas da família Bennet, a única sem o desejo de se casar com um bom partido. Até que começa uma relação de atração/rejeição com Darcy (Sam Riley, de Malévola), que chega à cidade acompanhado de um amigo tão rico quanto ele, o senhor Bingley. No original, a trama discute as relações de poder na Inglaterra do século 19, assim como a moral e os códigos de conduta.
Os bailes, os passeios, os namoricos e as fofocas acontecem, claro. Mas, a peste negra chega e com ela surgem os mortos-vivos, dispostos a tudo por um bocado de carne fresca. E isso se transformou numa preocupação real  em toda a Europa. A ponto das famílias tradicionais mandarem seus filhos e filhas para aprender a técnica milenar da esgrima no Oriente para aplicar na defesa contra os monstros.
Quando Darcy conhece Elizabeth, ela e as irmãs têm domínio total das armas que guardam sob as saias, presas em suas cintas-liga. E ele não se recusa a participar disso. O amor surge, é claro. Mas não tão fácil. Vai ter muita cabeça rolando, muito sangue no meio... Resta saber se você tem bom humor para aceitar esse convite absurdo.

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