A cerimônia de entrega do prêmio mais cobiçado do cinema, o Oscar, teve momentos muito aguardados e algumas surpresas. Os correspondentes Fabio Turci e Lucas Louis acompanharam.
Nenhuma torcida é tão amuleto quanto essa do Oscar. Quem está sentado já provou que tem sorte - foi escolhido. Mas a Elis ainda queria um autógrafo de Leonardo DiCaprio. Só que o astro passou com pressa. Tinha uma coisa importante pra buscar lá dentro.
Leonardo DiCaprio é considerado um grande ator há muito tempo. Já tinha concorrido ao Oscar quatro vezes como ator, sem ganhar. Fez um papel que exigiu dele mais do que talento, devoção à arte. E pouca gente em Hollywood tinha dúvida de que a vez dele havia chegado.
DiCaprio ganhou pelo papel de um caçador em ‘O Regresso’. Ele disse que o filme é sobre a relação do homem com a natureza, lembrou que o ano passado foi o mais quente já registrado. E completou: precisamos de líderes que não falem pelos grandes poluidores e sim por toda a humanidade.
Outra causa defendida na cerimônia foi a da diversidade. Pelo segundo ano seguido, todos os atores indicados foram brancos. O diretor mexicano Alejandro Iñárritu disse que é preciso tornar o Oscar, e o cinema, mais inclusivo pros negros e também pros latinos, asiáticos.
Ele subiu ao palco pra receber o Oscar de melhor diretor - pelo segundo ano seguido. ‘O Regresso’ consagrou a ele e a Leonardo DiCaprio, mas não foi muito além. Concorria a 12 oscars e só ganhou três. Perdeu vários pra "Mad Max - Estrada da Fúria", que somou seis estatuetas.
O diretor de Mad Max, George Miller, nos disse: fico feliz de ver que os velhos fãs de Mad Max estão felizes também.
Na disputa de melhor atriz, Brie Larson ganhou pelo papel em "O Quarto de Jack". Na de melhor atriz coadjuvante, Kate Winslet havia falado pra gente que estava muito feliz e animada. Mas quem levou foi Alicia Vikander, de "A Garota Dinamarquesa".
Agora, surpresa maior foi Sylvester Stallone ter perdido o Oscar de ator coadjuvante. Quando todo mundo esperava o nome dele. Mark Rylance, de "Ponte dos Espiões", foi quem ganhou.
Um brasileiro concorria ao Oscar de melhor animação. "O Menino e o Mundo", de Alê Abreu. “Independentemente do resultado, a gente vai comemorar”, disse. Mas o Oscar foi pra "Divertida Mente".
Nos últimos minutos da festa, terminou a maior dúvida deste Oscar. O melhor filme de 2015 é: “Spotlight - segredos revelados”. O filme conta a história real de jornalistas que revelaram casos de pedofilia na Igreja Católica. Crimes que eram acobertados pela cúpula da igreja em Boston, nos Estados Unidos.
O diretor de Spotlight, Tom Mc Carthy, nos disse: o filme abriu uma discussão e as pessoas, católicas ou não, estão cobrando a igreja pra fazer mais contra isso. E nós estamos felizes com o resultado.
Ao receber a estatueta o produtor de Spotlight, Michael Sugar, disse que espera que a voz das vítimas de abuso sexual chegue até ao Vaticano. "Para Francisco chegou a hora de proteger as crianças e restaurar a fé", disse.
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