Três dias depois de fechar um centro de estética que funcionava como casa de prostituição em Florianópolis, a Polícia Civil interditou mais um local que promovia a exploração sexual de mulheres no centro da capital. Segundo a delegada Michele Corrêa, cinco garotas, uma delas argentina, e um cliente foram parar na delegacia.
O local funcionava em uma casa de classe média de dois andares na rua Tenente Silveira, no Centro da capital catarinense, e era monitorado por câmeras desde o portão. “No quarto, a proprietária controlava as garotas, visualizando cada peça da casa, menos os ambientes usados para programas”, relatou Michele Corrêa.
O local tinha alvará para funcionar como bar, conforme a delegada. Embora comercializasse bebidas, em seis quartos, as garotas, com idades entre 18 e 27 anos, realizavam programas sexuais, informou a Polícia Civil. O estabelecimento faturou em 20 dias R$ 27 mil, conforme faturas verificadas em cartão de crédito durante a investigação.
Garotas e cliente na delegacia
As jovens e o cliente foram ouvidos como testemunhas dos crimes de manter casa de prostituição e de exploração sexual, que, segundo a delegada, podem chegar a 10 anos de prisão. Conforme Michele Correa, as garotas relataram trabalhar das 10h às 5h, com clientes a cada 30 minutos sem intervalo. Mais de 50% do valor do programa era entregue para a dona da casa.
As jovens e o cliente foram ouvidos como testemunhas dos crimes de manter casa de prostituição e de exploração sexual, que, segundo a delegada, podem chegar a 10 anos de prisão. Conforme Michele Correa, as garotas relataram trabalhar das 10h às 5h, com clientes a cada 30 minutos sem intervalo. Mais de 50% do valor do programa era entregue para a dona da casa.
“Uma das jovens contou que estava há duas semanas sem receber e que também não tinha alimentação adequada no local. Não estamos descartando a possibilidade de elas serem escravizadas, nem de as casas fechadas ultimamente fazerem parte de uma rede de prostituição na capital”, declarou Michele.
Quando a Polícia Civil chegou ao local com os técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP), a proprietária não foi localizada, mas os policiais verificaram que ela responde a um processo criminal de 2006 em Foz do Iguaçu (PR). A delegada diz ainda não ter verificado qual foi a infração cometida pela mulher na cidade paranaense.
Dona da casa e gerente indiciadas
Na casa, os policiais também encontraram uma jovem com 18 anos recém completados que atuava como garota de programa desde 2015. Além da proprietária, outra mulher que agia como gerente do estabelecimento, mas fazia programas, também pode ser indiciada.
Na casa, os policiais também encontraram uma jovem com 18 anos recém completados que atuava como garota de programa desde 2015. Além da proprietária, outra mulher que agia como gerente do estabelecimento, mas fazia programas, também pode ser indiciada.
A Polícia Civil apreendeu cadernos pessoais em que as garotas anotavam os programas realizados e um caderno da proprietária em que ela registrava quantos programas eram feitos pelas meninas individualmente. Os documentos devem servir como provas de que o ambiente funcionava para exploração sexual.
Michele Corrêa verificou que o estabelecimento era divulgado nas ruas de Florianópolis por meio de panfletos com endereços de uma rede social para serviços de prostituição, com fotos e descrições de cada jovem. Cópias desses sites foram anexadas ao processo conduzido pela Polícia Civil desde abril de 2015.
Crime pode ser em rede
Conforme a delegada, o inquérito já passa de cinco volumes e durante a investigação, foram mapeadas 18 locais que funcionam abertamente como bares ou boates em Florianópolis. Outros 15 em funcionamento às escondidas foram mapeadas em um primeiro momento e pelo menos mais 15 foram localizadas durante o inquérito.
“Recebemos solicitações até de outros municípios de Santa Catarina para um trabalho semelhante, já que há denúncias de situações como estas em todo estado”, declarou Michele.
Conforme Michele Corrêa, os locais tem características muito semelhantes o que levanta a suspeita de que o crime possa estar sendo cometido em rede.
Conforme a delegada, o inquérito já passa de cinco volumes e durante a investigação, foram mapeadas 18 locais que funcionam abertamente como bares ou boates em Florianópolis. Outros 15 em funcionamento às escondidas foram mapeadas em um primeiro momento e pelo menos mais 15 foram localizadas durante o inquérito.
“Recebemos solicitações até de outros municípios de Santa Catarina para um trabalho semelhante, já que há denúncias de situações como estas em todo estado”, declarou Michele.
Conforme Michele Corrêa, os locais tem características muito semelhantes o que levanta a suspeita de que o crime possa estar sendo cometido em rede.
"Existe uma tabela de preços, os locais sempre têm uma gerente que fuciona como 'os olhos da dona na ausência dela', é comum também meninas que vão para o interior para divulgar o trabalho e trazer de outras cidades para Florianópolis mulheres para realizarem programas. O que se vê é que é um crime muito lucrativo que vem crescendo muito", declarou a delegada.
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