Especialistas em educação e representantes dos governos do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul reuniram-se para debater propostas de cooperação multilateral.
Fonte: MEC
O grupo que tratou da educação superior discutiu a criação da rede de universidades do Brics, a formação de uma liga de universidades para desenvolver projetos de pesquisa conjuntos e a intensificação da mobilidade acadêmica de professores, pesquisadores e estudantes do bloco. O grupo propôs aos vice-ministros de educação uma agenda de encontros para detalhar os termos da cooperação multilateral, identificar as áreas de maior interesse comum e as universidades com trabalho relevante nesses setores. Em princípio, essas áreas seriam qualidade educacional, mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e segurança nutricional, entre outras.
Estão previstos novos encontros desse grupo para os dias 25 a 29 de abril, em Cuiabá, meados de maio, em São Petersburgo, na Rússia, e em outubro, em Pequim, na China, quando será lançada a Liga de Universidades do Brics.
Para a vice-diretora de relações internacionais da Universidade da Rússia para a Amizade entre os Povos, Olga Andreeva, a cooperação entre os países do Brics permite que governos e instituições de educação superior desenvolvam estratégias coordenadas. “Estamos avançando na identificação das áreas de interesse comum e discutindo os critérios para a composição da Rede de Universidades dos Países do Brics. Ao mesmo tempo, estamos discutindo quais os novos passos a serem dados para promovermos a rede”, disse.
Na área de educação profissional, foram encaminhadas propostas para a criação de um grupo de trabalho para o levantamento de dados jurídicos, estatísticos e da formação de professores da educação profissional e tecnológica nos Brics. O grupo também propôs o compartilhamento de conceitos, métodos e instrumentos de análise da oferta e demanda de educação profissional para suprir as vocações econômicas e tecnológicas de cada país.
Avaliação – Depois de tomar conhecimento dos sistemas nacionais de avaliação de cada país do Brics, os especialistas do grupo de indicadores educacionais reconheceram a importância da avaliação para a melhoria das políticas na área. Além disso, enfatizaram a necessidade de incrementar a cooperação para partilhar as melhores práticas em avaliação educacional. Também falaram sobre a importância de compartilhar experiências para diminuir o fosso entre teoria e prática em termos de políticas educacionais. Sugeriram, ainda, que cada país deve criar grupos de trabalho com representantes dos órgãos nacionais de estatística, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e os ministérios de educação e saúde para melhorar e trabalhar novos indicadores sociais tendo em vista publicações conjuntas sobre estatística.
As conclusões dos grupos de trabalho devem embasar a Declaração de Brasília, que será assinada pelos vice-ministros no encerramento do encontro, na noite desta segunda-feira, 2.
Na terça-feira, 3, os vice-ministros da educação dos países do Brics voltam a se reunir, desta vez com a participação de representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Na ocasião, o subdiretor-geral de educação da Unesco, Qian Tang, apresentará o estudo Brics – Construir a educação para o futuro, desenvolvido pela agência sobre a educação nos cinco países do grupo.
Também serão discutidas as possibilidades de cooperação entre a Unesco e o Brics e questões relacionadas à elaboração das metas da Agenda Internacional de Educação pós-2015 e ao Fórum Mundial de Educação, que será realizado na cidade sul-coreana de Incheon, de 19 a 22 de maio próximo.
Assessoria de Comunicação Social do MEC
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