O Brasil teve a melhor participação de todos os tempos no Campeonato Mundial de Canogem Slalom Júnior e Sub-23. Os brasileiros conseguiram quatro medalhas, três de bronze e uma de prata, um feito inédito para essa modalidade. O campeonato foi disputado de quarta-feira (22) a domingo (26), no Canal Itaipu, em Foz do Iguaçu, que, na avaliação dos atletas, está entre os melhores do mundo.
“Seria impossível imaginar uma participação brasileira tão boa”, reconhece o superintendente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), Argos Rodrigues, valorizando a chegada de treze atletas às provas finais e com chances de medalha. “Se antes éramos azarões, hoje já podemos competir de igual para igual com as grandes potências”.
Para o auxiliar técnico da Seleção Brasileira, Guillermo Diez-Canedo Fernandez, o Guille, a evolução do País na canoagem é visível. “Chegamos aos campeonatos com grande número de atletas e de boa qualidade”, diz.
Guille acredita que o Brasil tem grandes chances de medalhas na Olimpíada 2016. “Se continuarmos o trabalho sério, esta será a geração dos Jogos Olímpicos de 2020”.“É um orgulho muito grande para Itaipu ter sido pioneira no apoio à canoagem”, afirma o superintendente de Comunicação Social de Itaipu, Gilmar Piolla. Segundo ele, os bons resultados do Brasil no esporte são fruto de uma parceria que começou na empresa e se multiplicou com o apoio do Ministério do Esporte e do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
O Campeonato Mundial de Canoagem Slalom Júnior e Sub-23 reuniu quase 400 atletas de 36 países, durante cinco dias, no Canal Itaipu, dentro da usina hidrelétrica de Itaipu.
Quatro medalhas
O Brasil conseguiu medalhas em quatro categorias. A única prata foi de Ana Sátila, no caiaque individual (K1) feminino Sub-23. “Foi bom demais.É meu primeiro ano na categoria e já consegui prata. Perdi para a melhor domundo”, afirma Ana Sátila, que, com 18 anos, pode competir na categoria por mais cinco anos.
A dupla de canoístas Charles Corrêa e Anderson Oliveira foi bronze na canoa dupla (C2) masculino Sub-23, marca nunca antes obtida pelo Brasil nesta categoria. Outro bronze inédito veio por equipe, com os atletas Pedro Henrique Gonçalves, Fábio Schena e Guilherme Mapelli, no caiaque individual (K1) masculino Sub-23.
O canoísta Felipe Borges da Silva também foi bronze na canoa individual (C1) masculino Sub-23. Tricampeão brasileiro, bicampeão sul-americano e campeão pan-americano, Felipe comemorou a boa classificação no mundial. “Eu esperava chegar à final, mas ter conseguido o terceiro lugar foi como ganhar o ouro”, diz.
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