O que é hipertensão? Quais as causas e o danos da pressão alta? Como se previne a doença? Hipertensão tem cura?
No artigo “Pressão Sanguínea máxima e mínima. Entenda o que é” pudemos ver que o nosso sistema circulatório se comporta como um verdadeiro sistema hidráulico, onde o coração é a bomba e as artérias e veias, os dutos por onde circula o sangue.
Vimos que como todo líquido bombeado, o sangue exerce pressão nas paredes dos “dutos” em que passa.
Vimos que como todo líquido bombeado, o sangue exerce pressão nas paredes dos “dutos” em que passa.
Para resumir tudo aquilo, podemos dizer que a pressão arterial é a força que o coração faz para bombear o sangue e o fazer circular pelos nossos vasos sanguíneos (veias, artérias, capilares), e irrigar todos os órgãos do corpo.
O volume de sangue que sai do coração e os obstáculos que encontra pelo caminho determinam o valor dessa pressão.
Normalmente, quando tudo vai bem, a pressão normal em um adulto é de 12 x 8 (relembre o conceito de pressão máxima e mínima).
Não é difícil entender que, se a velocidade de bombeamento (a vazão) de um líquido permanecer constante e os dutos se estreitarem, a pressão do líquido nas paredes do duto se eleva.
No nosso corpo acontece a mesma coisa. Quando as artérias se estreitam e a velocidade de bombeamento continua igual, a pressão arterial aumenta.
A esse aumento de pressão, chamamos hipertensão arterial ou pressão alta.
Geralmente, a pressão alta não causa nenhuma reação perceptível e imediata ao ser humano, ela vai provocando danos sem que seja notada, mas quando não controlada é a principal causa das doenças que mais matam no país: o acidente vascular cerebral e o infarto do miocárdio.
Vem daí, os cardiologistas a chamarem de “assassina silenciosa”.
Há pessoas que dizem ter dor de cabeça ou vertigem devido à hipertensão. Entretanto, os especialistas dizem que raramente esses sintomas significam pressão alta e que a única maneira de diagnosticar é fazer medições regularmente, pois a doença não apresenta características específicas.
Níveis de pressão arterial iguais ou superiores a 140/90 mmHg (14 x 9) são considerados pressão alta.
Entretanto, se houver uma alteração ocasional não deve haver desespero. Dizem os especialistas que qualquer pessoa está sujeita a elevação ocasional da pressão sanguínea, sem que isso represente anormalidades na saúde. O problema aparece quando a alteração é persistente.
DANOS
Se isso ocorrer, o individuo deve procurar atendimento médico com rapidez, pois a manutenção da pressão arterial elevada aumenta o risco de agressões a órgãos importantes como o coração, os rins e o cérebro. Além do mais, pode acelerar o processo de endurecimento das artérias (arteriosclerose) e facilitar a aterosclerose (depósito de gordura nos vasos). A hipertensão causa lesões nas artérias por infiltração de açúcares, gorduras, cálcio e outras substâncias.
A pressão alta pode sobrecarregar o coração e provocar hipertrofia (espessamento) de suas paredes e também lesionar as artérias do globo ocular.
CAUSAS
Normalmente, não existe causa específica. Em sua grande maioria, os casos estão associados à hereditariedade, à obesidade, ao sedentarismo, ao diabetes, ao consumo excessivo de sal e ao próprio envelhecimento.
PREVENÇÃO
Para diminuir a probabilidade de se contrair essa doença, é preciso manter o peso dentro da normalidade, praticar atividades físicas regularmente, reduzir a ingestão de sal e manter uma dieta saudável.
Quem já tem a doença deve ter os mesmos procedimentos, mas acrescentando a necessidade de ter acompanhamento médico e às vezes ter de ingerir remédios para o controle.
A hipertensão é uma moléstia que costuma não ter cura, mas tem tratamento. Esse tratamento, com acompanhamento médico, é por toda a vida, previne as complicações com eficácia e permite uma vida normal ao indivíduo.
Apresentar hipertensão não diminui a expectativa de vida se tratada convenientemente.
Bibliografia: 1) Guyton & Hall – Tratado de Fisiologia Médica – Editora Guanabara Koogan – 9ª Edição
2) Enciclopédia Medicina e Saúde - Editora Abril
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